Apesar de ser o câncer de menor incidência, representando cerca de 4% dos casos, o câncer de ovário é o mais letal, principalmente nos países industrializados. A razão é a dificuldade no diagnóstico: estima-se que 80% dos casos são diagnosticados nos estágios mais avançados, diminuindo as chances de cura.
Uma variação do câncer de ovário, o tumor borderline, pode surgir em qualquer idade. Os prognósticos são melhores, devido ao baixo potencial de malignidade, e acabam curados em mais de 90% dos casos. Mas afinal, o borderline é um tumor benigno ou maligno?
Nenhum dos dois, explica o ginecologista Luis Otávio Zanatta, da SOGESP, “por isso, ele recebeu esse nome”, diz. “Tanto do ponto de vista de prognóstico – do que vai acontecer -, como o que tem que ser feito como tratamento, ele fica no meio do caminho. O tratamento não é tão agressivo, não passa por tantas etapas como no câncer de ovário e nem é tão simples como o tratamento benigno de câncer de ovário”.
No geral, o tratamento de um câncer de ovário consiste na cirurgia para remoção dos tecidos, que será mais ou menos radical conforme o tamanho e a agressividade do tumor. Como o borderline pode acometer mulheres em idade fértil, leva-se em conta se a mulher têm ou não filhos. Se esta for a intenção, procura-se preservar o outro ovário e o útero, desde que não haja risco de vida.
É possível prevenir o câncer de ovário?
O ginecologista Jesus Paula Carvalho, também da SOGESP, explica que a dificuldade no diagnóstico e a profressão rápida do câncer dificulta o tratamento precoce.
Por este motivo, além de ir regularmente ao ginecologista, é preciso ficar atenta aos sintomas:
- inchaço ou aumento do volume abdominal, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para comer;
- sensação rápida de saciedade e alterações urinárias, como o aumento da vontade de ir ao banheiro.
“A mulher que identifica estes sintomas deve ir ao seu ginecologista. Se for encontrado cisto ele precisa ser investigado. O diagnóstico para estabelecer o tipo de tumor não é fácil, envolve interpretações de exames. Mas é importante que seja feito”, finaliza.
Fonte O que eu tenho
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