Uma pesquisa da Harvard Business Review mostra que o índice de alegria dos funcionários tem o poder de impactar posititamente nos resultados financeiros. Empresas começam a olhar para isso
Desde a segunda revolução industrial, momento no qual ocorreu a ascensão do capitalismo, a obtenção de lucros tem sido palavra de ordem dentro das empresas. Sem olhar apenas para os resultados, as companhias passaram também a se dedicar a diferentes formas de obter essa alta nos faturamentos. Iniciativas como desenvolvimento de líderes, dinâmicas para criar empatia pelos clientes, lições para aperfeiçoar o tempo e aumentar a produtividade são algumas das ferramentas utilizadas dentro das corporações para alavancar as receitas. No entanto, existe um fator que as companhias não se atentam, capaz de trazer os objetivos almejados: a felicidade.
Uma pesquisa divulgada na Harvard Business Review mostra que a felicidade dos funcionários tem o poder de impactar nos resultados financeiros e ditar o ritmo positivo de uma organização. Em contrapartida, estudos mostram que atualmente um terço da força de trabalho esteja desengajado.
De acordo com o CEO do Grupo Kronberg, Carlos Aldan o custo de desengajamento é enorme para as companhias. “Essa realidade só faz com que o absenteísmo aumente, a saúde dos funcionários fique fragilizada, levando a uma queda de produtividade”.
Diante dessa realidade, o executivo afirma que é importante que o desenvolvimento das pessoas dentro das empresas passe por uma revolução. “Dizer que o maior ativo de uma empresa é o departamento de recursos humanos não basta. É preciso fazer transformações nas estratégias, na forma como se alocam os recursos para o real treinamento e desenvolvimento das pessoas”.
Aldan conta que o motivo do desengajamento e tristeza das pessoas é a busca pela felicidade no lugar errado. “Costumamos procurar a felicidade no consumismo e nos atalhos para o prazer e acreditamos que melhorando as circunstâncias vamos nos sentir melhor. Nosso comportamento é achar que se houver uma promoção ou a aquisição de um carro será a solução”.
Já que a felicidade verdadeira não está em fatores externos, é preciso trabalhar para que cada uma faça suas descobertas e veja quais são as suas forças de caráter e seus valores. De acordo com Aldan, quando a pessoa aplica suas forças naquilo que está fazendo, atinge o estado chamado de Flow, em outras palavras, perda de autoconsciência. “No momento em que se atinge essa condição, não existe diferença entre o que sua alma quer e o que está fazendo”.
Para que essa sensação seja alcançada, estudos ligados à neurociência cognitiva, psicologia positivista e à física quântica mostram que é necessário que se crie uma conta corrente de emoções positivas. Aldan ressalta que a única constância que temos nas nossas vidas é a mudança e as mudanças nem sempre são positivas. Sendo assim, é preciso fazer uso de técnicas para que a neuroplasticidade do cérebro se altere, possibilitando que ele funcione de forma cada vez mais saudável. Desta forma, é possível ter uma vida melhor e realizar as atividades profissionais com maior motivação.
Colocando em prática
O executivo conta que uma boa forma de nos sentirmos mais felizes é prestar atenção nas coisas boas que acontecem diariamente. “Ficamos tão estressados com a rotina que deixamos de ver as situações positivas que nos ocorrem. Temos que ficar mais conscientes do que é bom nas nossas vidas e fazer com que virem experiências constantes”.
Ele dá o exemplo de que se alguém faz um elogio, é importante aproveitar aquele momento. Ou se alguém que amamos, também diz que nos ama, é válido lembrar-se dessa sensação nas horas de adversidade.
Vale lembrar que, para Aldan, agir desta forma não implica em nenhum caráter poliânico e, sim, na realização de uma reedição das memórias para que se viva melhor e consequentemente trabalhe melhor.
Para possibilitar que as equipes trabalhem de forma mais empenhada, é importante que os gestores motivem esse estado em seus colaboradores. Usar palavras positivas no ambiente de trabalho é uma boa forma de contribuir para que esse estado de consciência seja despertado e a motivação para realizar as tarefas seja recuperada.
Fonte SaudeWeb
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