Ataque nuclear ou bala perdida? Estudo mostra que nosso medo diante de uma ameaça é do tamanho do nosso círculo de amizades e, por isso, quanto mais pessoas estiverem sob risco de morte, mais temeremos a situação.
O tamanho de um ciclo de amizade, que envolva família, parentes e amigos, é em torno de cem pessoas, destacam os pesquisadores do Instituto Max Plank, na Alemanha, autores do estudo. Por este motivo, assinalam na pesquisa divulgada no periódico PLoS ONE, é mais comum as pessoas temerem uma epidemia, um acidente nuclear ou acidentes de avião ao invés de outro eventos mais comuns e que fazem ainda mais vítimas, como acidentes de trânsito, acidentes domésticos ou erros médicos.
Em uma série de testes, eles submeteram voluntários de diversas nacionalidades a situações de perigo que poderiam colocar em risco dez, cem ou até mil pessoas. Eles constataram que o medo de uma situação em que cem pessoas poderiam morrer foi maior do que quando a ameaça colocaria em risco dez pessoas. Porém o medo não foi maior quando a ameaça colocou em risco um número maior de pessoas (mil em comparação a cem, por exemplo), o que, segundo os autores, sustenta a ideia de que o número tem relação com o círculo social.
A explicação do por quê deste medo pode estar, apontam os autores, em nossa história evolutiva. “No período Paleolítico, por exemplo, estar em um grupo era estratégico: reduzia o risco de virar presa, tornava a busca por comida e caça mais fácil e aumentava as chances de sobrevivência quando feridos”, destacam os autores.
Para os autores, os resultados sublinham a importância em se considerar ambientes sociais quando se estuda a compreensão das pessoas e suas reações a riscos.
Fonte O que eu tenho
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