Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Estudantes acham pertinente misturar medicina com administração

Os programas conjuntos, que combinam treinamento médico com o estudo de negócios e gerenciamento no setor de saúde, têm se multiplicado nos Estados Unidos nos últimos anos

Em uma época em que questões como a alta dos custos do seguro-saúde e o envelhecimento da população dominam a agenda política, muitos estudantes estão percebendo que essa abordagem tradicional não é mas suficiente. Um número crescente deles vem somando aos seus cursos de medicina um MBA (MD/MBA). As informações são do jornal Valor Econômico.

De acordo com a aluna representante de MD/MBA da Faculdade de Medicina da Universidade Duke e da Fuqua School of Business da Carolina do Norte, Fallon Upke, para provocar o impacto, é preciso entender como os negócios funcionam.

Fallon que é presidente do centro acadêmico dos alunos da escola almeja trabalhar em um hospital em uma função estratégica e de liderança após a graduação. E, de acordo com ela, com apenas um diploma médico, será possível cuidar de pacientes. Mas diz que pretende mudar a maneira como a medicina é praticada.

Os programas conjuntos de MD/MBA, que combinam treinamento médico com o estudo de negócios e gerenciamento no setor de saúde, têm se multiplicado nos Estados Unidos nos últimos anos. Em 1993 havia cinco programas; hoje eles são 65, segundo números da Association of MD/MBA Programs (AMMP).

Entre as principais escolas que oferecem a graduação dupla estão Columbia, a Universidade da Pensilvânia, Harvard, Datmouth e Cornell. Recentemente, o Karolinska Institutet da Suécia se tornou a primeira faculdade da Europa a oferecer a graduação conjunta de medicina e negócios.

O diretor da MBA e programas de mestrado da Desautels Faculty of Management da Universidade McGill, Desautels Faculty of Management da Universidade McGill, afirma que o sistema de saúde não funciona num vácuo. Para ele, um médico que conhece a especialidade, mas também o çado administrativo, é capaz de melhorar a eficiência e o valor do sistema.

A presidente da AMMP, Maria Chandler, diz que a tendência em direção a esse programas está sendo conduzida pelos estudantes. A executiva diz que os alunos estão reconhecendo a complexidade do sistema de saúde. E ressalta que as escolas enxergam esses programas como um bom mecanismo de recrutamento.

A maioria dos programas de MD/MBA tem duração de cinco anos e são estruturados de maneira parecida. Os alunos passam três anos completando o currículo médico exigido, seguidos de um ano na escola de negócios fazendo cursos de administração, como finanças, estratégia e marketing.

Geralmente, o último ano é passado em cursos facultativos nas duas escolas. A maioria encoraja os alunos a completar a residência médica ou outro treinamento clínico após a formatura. O objetivo é criar médicos que entendam os principais conceitos do mundo dos negócios e que sejam adeptos do trabalho em equipe, segundo diz o professor de gerenciamento de saúde da Stanford Graduate School of Business, Stefanos Zenios.

Zenios diz que não está sendo ensinado apenas os negócios inerentes à medicina e sim negócios em geral. De acordo com ele, trata-se das competências profissionais da administração, como orçamento e contabilidade, mas também habilidades interpessoais, que definem como se trabalha em uma organização complexa com culturas e formações diferentes, como se promove mudanças e influencia os outros.

Muitos estudantes afirmam que a escola de negócios proporciona um alívio positivo à faculdade de medicina, que exige muita leitura, memorização e trabalho acadêmico solitário. Isso porque elas tendem a envolver mais atividades em grupo.

Os programas são relativamente novos, de modo que ainda não existe uma carreira bem estabelecida. Diretores de escolas afirmam que a maioria dos graduados em MD/MBA busca atuar em áreas nas quais pratiquem a medicina. Outros trabalham como administradores de grandes grupos hospitalares, no mundo acadêmico ou em organizações sem fins lucrativos; alguns se tornam empresários que desenvolvem novos diagnósticos, equipamentos e tratamentos médicos. Raramente alguém ingressa nas áreas de banco de investimentos, private equity ou consultoria.

Fonte SaudeWeb

Nenhum comentário:

Postar um comentário