Um comitê consultivo externo da FDA (Agência que regula alimentos e medicamentos nos EUA) vai discutir nesta terça-feira se recomendará à agência a venda ao consumidor do teste de HIV para ser feito em casa, sem supervisão médica.
O teste OraQuick segue a linha dos exames de gravidez comprados em farmácias. Só que, ao invés de xixi, a pessoa usa saliva. Os resultados saem em 20 minutos.
Os pareceristas da FDA já deram uma sinalização positiva sobre o teste caseiro de HIV na última sexta-feira, quando afirmaram que o exame rápido feito em casa pode ajudar a reduzir a disseminação do vírus HIV.
Especialistas em saúde pública estimam que cerca de 20% das pessoas que contraíram Aids nos EUA (hoje são cerca de 1,2 milhões de portadores) não sabem que estão infectados pela vírus HIV.
O teste rápido e em casa seria uma maneira de conseguir retardar a evolução das infecções especialmente por quem não sabe que tem a doença.
A metodologia do exame OraQuick para identificação do vírus HIV pela boca é aprovada pela FDA desde 2004. Mas até hoje apenas médicos e demais profissionais de saúde podem fazer o teste.
Algumas ONGs de saúde pública já usam o teste há alguns para conseguir detectar a doença principalmente em comunidades remotas, onde é mais difícil fazer o exame de sangue.
Novo debate
Essa é segunda vez que a Aids passa pelo crivo da FDA nos últimos dias. A revisão do OraQuick começou um dia depois de um painel consultivo da agência dar um pontapé inicial para a aprovação da primeira droga que previne a infecção pelo HIV.
A FDA concluiu que uma pílula diária do antirretroviral Truvada, usado no tratamento de pessoas já contaminadas, pode ser eficiente para prevenir a infecção em grupos de risco.
Se aprovada, a Truvada será a primeira droga aprovada para evitar a infecção da Aids por pessoas saudáveis.
A FDA não é obrigada a seguir as recomendações do conselho consultivo -- embora geralmente o faz.
Fonte Folhaonline
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