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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brasileiros lideram média mundial de insatisfação no trabalho

O indicador "mal estar no emprego" chega a 53% no País contra 40% no mundo, segundo pesquisa da GFK. Diante disso, veja como aumentar a produtividade da sua equipe

Não é novidade para um gestor circular por uma empresa ou um hospital e ver os colaboradores desmotivados, com baixa produtividade e deixando o trabalho atual para se dedicar a outras funções. Essa realidade tem se tornado cada vez mais evidente e é preciso que as companhias encontrem maneiras criativas e integradoras de revertê-las.

Uma pesquisa realizada pela cosultoria alemã GFK com o objetivo de analisar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional em níveis de stress mostra que os resultados do Brasil estão entre os piores na média do mundo.

Entre os pontos abordados, o que mais chama atenção é o indicador de nível de mal estar no trabalho. A média do mundo mostra um índice de 40%, já no Brasil esse resultado chega a 53%. No quesito pressão para realizar longas jornadas a média global é de 31%, os trabalhadores brasileiros apontam 42%.

Resultados como estes colocam os gestores em alerta, mas as estatísticas podem ser revertidas. O diretor de educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Luiz Edmundo Preste Rosa, pontua alguns motivos que têm levado os trabalhadores a apresentarem tais características.

“Nos últimos anos têm ocorrido uma venda intensa de automóveis, as pessoas estão demorando mais de uma hora para chegar ao trabalho e para voltar também. É necessário que as empresas olhem para o ambiente de trabalho de forma mais flexibilizada”.

Ações como permitir que os funcionários trabalhem em horários alternativos ou atuem dentro de casa podem ser aplicadas.

É preciso também olhar para o tipo de liderança que tem sido realizada no ambiente de trabalho. “A maioria das pessoas não deixam os empregos atuais para buscar salários melhores. O mau relacionamento com os chefes é a principal razão pela qual as pessoas mudam de empresa”.

Competitividade
Um balanço realizado pela Escola de Administração Suiça IMD aponta que o Brasil ocupa a 46º posição no nível de competitividade. Em relação ao bloco dos BRICS, o estudo mostra o Brasil acima apenas da Rússia. “A situação da competitividade no Brasil está na base da produtividade. O alicerce da falta de produtividade e competitividade repousa na educação. Um país para ser produtivo tem que ter educação básica e profissionalizante”.

Além disso, há uma dificuldade das empresas em fazer negócio devido à burocracia, tributação e lentidão da Justiça.

Responsabilidade do RH
Identificar e solucionar esses problemas são alguns dos desafios que o departamento de RH das companhias tem de lidar. “Hoje quem atua no departamento de recursos humanos deve ensinar valores. Na base do profissional está o cidadão”.

Em contrapartida, o representante da Associação Brasileira de Recursos Humanos chama atenção para o fato de que o Brasil é composto por um povo acolhedor e desejoso por mostrar o seu valor.

E ressalta que a solução para os problemas corporativos é pensar diferente. Mas tentativas como aumento de salário e acréscimo de benefícios não podem ser consideradas as chaves para o sucesso. “Para uma iniciativa dar certo, ela deve ser percebida como um valor e não como um benefício”.

Fonte SaudeWeb

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