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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Infecção bacteriana na vagina triplica risco de transmissão do HIV

Resultados apontam para necessidade de melhorar diagnóstico e tratamento da vaginose bacteriana, comum em mulheres na África

Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que o risco de transmissão do HIV aumenta três vezes para mulheres com vaginose bacteriana, doença comum em que o equilíbrio normal de bactérias na vagina é rompido.

Os resultados, publicados na PLoS Medicine, apontam para necessidade de pesquisas adicionais para melhorar o diagnóstico e o tratamento da vaginose bacteriana, extremamente comum na África subsaariana, região com a mais alta carga de HIV.

"Pesquisas anteriores mostraram que a vaginose bacteriana pode aumentar o risco de as mulheres se infectarem com o HIV, tanto quanto em 60%. O nosso estudo é o primeiro a mostrar que o risco de transmissão do HIV para os parceiros também é elevado", afirma o autor do estudo Craig R. Cohen.

Para a nova pesquisa, a equipe avaliou a associação entre vaginose bacteriana e o risco de transmissão do HIV em 2.236 mulheres HIV positivas e seus parceiros não infectados do sexo masculino de sete países africanos.

Depois de controlar fatores sócio demográficos, comportamento sexual, circuncisão masculina, infecções sexualmente transmissíveis, gravidez e os níveis de HIV no sangue das mulheres infectadas, a vaginose bacteriana foi associada com um risco três vezes maior de transmissão do HIV de mulheres para homens.

"Olhamos para a quantidade aumentada de HIV no trato genital, mas isso não foi suficiente para explicar o aumento do risco de transmissão do HIV. É possível que a vaginose bacteriana cause inflamação e que isso possa ser um fator. Nós realmente não sabemos ainda a relação entre a flora vaginal e a inflamação", afirma Cohen.

Segundo os pesquisadores, é provável que a partilha da microbiota entre o trato genital e mulheres e homens possa estar envolvida como causa do maior risco de transmissão. "A partilha da flora permanece mal compreendida e é uma área importante para futuras pesquisas", observa Cohen.

A equipe acredita que a melhor compreensão do papel da flora vaginal e o desenvolvimento de mais terapias para a vaginose bacteriana, seria um impulso significativo para a saúde das mulheres em geral, bem como iria auxiliar a reduzir a transmissão do HIV.

A vaginose bacteriana é uma condição em que o equilíbrio normal de microorganismos naturalmente encontrados na vagina é alterado. A quantidade de bactérias úteis é reduzida e aparecem mais bactérias prejudiciais. Além de aumentar o risco de se infectar com o HIV, a condição pode aumentar o risco de contrair outras doenças sexualmente transmissíveis e aumentar o risco de parto prematuro.

Fonte isaude.net

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