Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 27 de junho de 2012

TI em saúde pode aprender com o passado

O sistema de saúde continuará falhando, ao menos que as ferramentas e a maneira de pensar sejam reformulados

Por Paul Cerrato|Information Week

Se você é fã do músico Sting, provavelmente está familiarizado com a música “History will teach us nothing,” “A História não nos ensina nada”, Acredito que a música sugere que, em primeiro lugar, não podemos aprender com o passado. Mas, se escutar com mais atenção, pode-se perceber que a história não nos ensina nada se não prestarmos atenção nela.

Esse é o momento em que a TI em saúde se encontra. Situada em uma encruzilhada histórica onde os erros do passado são ignorados por indústrias que se baseiam somente em outras tecnologias ou no lucro próprio.

Este ponto foi abordado em um editorial do New England Journal of Medicine, escritor por Spencer S. Jones, da Rand Corporation, ao lado de colegas da Rand e da Harvard Medical School.

Eles discutem como no início do século XX, muitos fabricantes norte americanos pensavam que se deslocando de motores à vapor para motores elétricos suas industrias seriam mais produtivas e rentáveis. Inicialmente não funcionou porque a gestão havia simplesmente “copiado “ a nova tecnologia de infraestrutura existente. Essa infraestrutura necessitava da utilização de sistemas belt-and-pulley (de correia e polia) ineficazes para mover energia de uma enorme central elétrica para todos os dispositivos que precisavam da força.

O aumento real da produtividade veio quando a diretoria percebeu que a melhor abordagem seria colocar vários pequenos motores ao longo de um fábrica para gerar energia em uma base. Em outras palavras, a tecnologia melhorada somente depois que os gestores perceberam que era necessária uma reengenharia de processos.

Soa familiar? Nos dias de hoje, nos deparamos com muitos clínicos que desistem de sistemas de arquivos em papel para utilizar EHRs. No entanto, eles estão se frustrando, pois não estão conseguindo obter o aumento de produtividade que esperavam. O que é necessário é um processo de reengenharia entre os fornecedores de EHRs. Isso significa que redesenhar as ferramentas de EHRs pode fazer com que o processo de fluxo de trabalho seja mais adequado. Isso significa que é necessário também uma boa vontade dos médicos para mudar as dinâmicas de fluxo de trabalho em si.

Jones e seus colegas possuem uma observação similar. Com base nos sistemas de TI em geral, eles dizem que: “Para cada dólar investido em sistemas de TI, as empresas, na maioria das vezes, tiveram que investir alguns dólares para a implantação, treinamento e redesenho dos processos para obter alguns ganhos de produtividade”. Igualmente importante, “as probabilidades de ver as melhorias de produtividade genuínas necessitava de sistemas de incentivo que recompensaria o desempenho da equipe.”

É fato que os gestores não observam muito o desempenho de suas equipes na área da saúde. Na esfera clínica, há uma rígida hierarquia de médicos rígidos, o que pode dificultar o processo de redesenho de processos. Poucos players de saúde admitem isso, mas, muitas vezes, se o médico que traz um bom faturamento em negócios para a organização diz: “Não, eu quero mudar”, a mudança raramente acontece.

Sting bem falou. A história não nos ensina nada e os problemas na saúde vão continuar ao menos que se tenha vontade de redesenhar as ferramentas utilizadas e a nossa maneira de pensar.

Fonte SaudeWeb

Nenhum comentário:

Postar um comentário