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terça-feira, 10 de julho de 2012

Plano privado que parece público?

Por Henrique Oti Shinomata

Articulista escancara os problema do sistema e diz que não podemos condenar um único órgão. "O crescimento acima do padrão ocasiona em alguns conflitos, mas cabe a todos os envolvidos buscar soluções"

Agora no final do mês de junho, o programa Jornal Nacional, da TV Globo, elaborou uma matéria de destaque sobre filas em hospitais particulares de São Paulo. Segundo a reportagem,os pacientes chegavam a ficar horas na fila esperando atendimento.

As imagens foram feitas somente na cidade de São Paulo, principal centro econômico do país, todavia podemos afirmar que os demais estados brasileiros apresentam o mesmo problema.

É claro que o poder aquisitivo do brasileiro cresceu nos últimos anos e com isso uma das prioridades pessoais é a saúde, junto a educação e bens de consumo. Com isso o crescimento de pessoas que tem acesso a planos de saúde tornou-se muito grande, superando a expectativa dos hospitais.

Assistindo a matéria, que repercutiu em diversos locais durante aquela semana, vi que hoje temos 47 milhões de brasileiros com planos de saúde. Os grandes centros brasileiros não possuem hospitais suficientes para comportar tamanha demanda.

As operadoras de plano de saúde comemoram o sucesso de vendas. O crescimento econômico da população e facilidade para adquirir um plano de saúde ideal para o cidadão e sua família faz com que as vendas aumentem acima da expectativa.

Os hospitais por sua vez não comportam a demanda. O que fazer? Cessar a comercialização de planos de saúde? Essa atitude além de ser contra lei é censurável. As pessoas tem o direito de adquirir um plano de saúde para serem bem atendidas em uma questão que é essencial para a vida delas: a saúde.

Não podemos negar que muitos hospitais contam com boa infraestrutura física e um quadro de médicos competentes, mas que chegam a um ponto que não conseguem mais atender satisfatoriamente seus pacientes. São necessários investimentos em ampliações dos serviços do quadro de profissionais e de estrutura física.

O governo por sua vez precisa ser mais rígido com as regras de atendimento e planos de saúde, complementando a legislação vigente com leis mais claras e especificas, principalmente na questão do atendimento.

A verdade é que não podemos condenar um único órgão. O crescimento acima do padrão que acontece no país em todas as áreas ocasiona em alguns conflitos e problemas, mas cabe a todos os envolvidos (operadoras de saúde, governo e hospitais) buscar soluções para que a saúde brasileira continue crescendo com projeção e estrutura satisfatória.

Fonte SaudeWeb

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