Mulheres com medo do nascimento da criança passam mais tempo em trabalho de parto. É o que afirma uma pesquisa publicada no periódico International Journal of Obstetrics and Gynaecology e que aponta que entre 5% e 20% das mulheres grávidas têm algum tipo de medo do momento do nascimento da criança.
Diversos fatores estão associados a este medo, entre eles a idade da mãe (quanto mais jovem maior esse medo), ser mãe de primeira viagem, ter algum transtorno mental (ansiedade ou depressão, entre outros), não ter apoio da família, ter histórico de abuso sexual ou eventos traumáticos ligados a outras condições obstétricas.
O estudo, feito na Noruega, colheu dados de mais de 2,2 mil mulheres grávidas. Entre estas futuras mães, o medo do parto foi em torno de 7,5%, mas estes números podem ser maiores já que a pesquisa é uma das primeiras a observar o caso.
Entre aquelas com medo do nascimento do bebê a duração do parto foi, em média, até 32 minutos mais longo podendo chegar a até 47 minutos além do observado em mulheres sem medo do parto.
“O medo do parto é um problema cada vez mais importante. Nossos resultados indicam que isto pode levar a um trabalho de parto mais demorado e indica uma ligação clara entre a obstetrícia e a psicologia que precisa ser estudada mais a fundo. Trabalhos de parto mais demorados podem necessitar de intervenções cirúrgicas (como a cesariana) o que não é a melhor recomendação, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde”, diz Samantha Adams, principal autora da pesquisa.
“Há inúmeras razões pelas quais uma mulher pode desenvolver o medo do parto. A pesquisa demonstrou que é preciso olhar com mais atenção estas questões ligadas a especialidade médica da obstetrícia e promover métodos eficazes para diminuir este problema”, completa John Thorp, editor responsável pela validação da pesquisa para a publicação.
Fonte O que eu tenho
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