Mulheres que se submeteram a cirurgia bariátrica possuem maiores chances a dar a luz a bebês prematuros.
A cirurgia bariátrica é uma solução eficaz para as pessoas que sofrem de obesidade mórbida, ou seja, Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou superior a 40. O procedimento tem como objetivo reduzir o volume do estômago e, em alguns casos, o comprimento do intestino. Medidas como estas reduzem o peso, mas dificultam a absorção de nutrientes.
Em mulheres que desejam ser mães, a cirurgia bariátrica pode se tornar um grande problema, pois a operação aumenta as chances do bebê nascer com algum tipo de deficiência e também eleva o risco de partos prematuros.
Risco de bebês prematuros é elevado após cirurgia bariátrica
A Secretaria da Saúde de São Paulo, em parceria com a Universidade Católica de Santos, constatou através de um levantamento que mulheres que realizaram a cirurgia bariátrica possuem mais chances de partos prematuros através de cesáreas.
Para chegar à conclusão de que a redução de estômago eleva o risco de dar a luz prematuramente, os autores do estudo avaliaram 35 mulheres, com idade entre 24 e 39 anos, que se submeteram a cirurgia bariátrica e geraram bebês prematuros. Das participantes, 88,6% foram submetidas à cesariana, sendo que 50% dos seus filhos nasceram abaixo do peso ideal. A pesquisa constatou ainda que 14% dos recém-nascidos apresentaram problemas respiratórios e infecções.
Embora os especialistas tenham recomendado a gravidez acontecesse somente 18 meses depois do procedimento de redução de estômago, o estudo revelou que as mulheres não seguem as recomendações médicas como deveriam. Mais de 74% das entrevistadas engravidaram depois de um ano da cirurgia bariátrica, enquanto 28% deram início ao período de gestação antes de completar 12 meses de operação.
Os pesquisadores responsáveis pelos resultados acreditam que esta pesquisa servirá de alerta sobre o perigo da gravidez pouco tempo depois da redução de estômago. Eles advertem que a mulher apresenta deficiências nutricionais logo após a cirurgia bariátrica, ou seja, quantidades insuficientes de nutrientes importantes como proteínas, eletrólitos, cálcio e vitaminas A, D, K e B12. Este déficit pode resultar em complicações para mãe e filho.
Complicações da cirurgia bariátrica para o bebê
O estudo realizado pela Secretaria do Estado de São Paulo foi capaz de reforçar as conclusões obtidas por pesquisas anteriores, como a que foi realizada por clínicos australianos e publicada no Journal of AAPOS em 2010. De acordo com os resultados, grande parte dos filhos das mulheres que se submeteram a redução de estômago nasceu com problemas de saúde, como a má formação no sistema visual devido à falta de vitamina A no organismo da mãe.
Fonte Mundo das Tribos
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