"Os homens brancos instruídos vivem cerca de 14 anos mais do que os negros com nível de escolaridade baixo"
Apesar dos avanços nos cuidados de saúde e aumento da expectativa de vida geral, os americanos com nível educacional abaixo do ensino médio têm a expectativa de vida semelhante à de adultos nos anos 1950 e 1960.
"Os homens brancos mais instruídas vivem cerca de 14 anos mais do que os negros com nível de escolaridade baixo. Esta diferençam entre as mulheres nas mesmas classes é de 10 anos, " afirma S. Jay Olshansky, professor de epidemiologia da Escola de Saúde Pública da University of Illinois at Chicago e principal autor do estudo.
A pesquisa, publicada na edição de agosto da revista journal Health Affairs e financiada pela The MacArthur Foundation Research Network on an Aging Society, analisou a expectativa de vida por sexo, raça, educação nos períodos de 1990 e 2008.
"O estudo ao longo deste par de décadas mostra que quase todos os índices de longevidade subiram, mas tem havido alguns subgrupos que tiveram uma queda na expectativa de vida. É como se os americanos com menos educação estivessem vivendo em um túnel do tempo. Os homens negros menos escolarizados estão vivendo em 1954, as mulheres negras em 1962, as mulheres brancas, em 1964, e os homens brancos em 1972," disse o pesquisador.
Uma descoberta surpreendente, de acordo com Olshansky, é que as mulheres brancas com menos de 12 anos de educação podem esperar viver cinco anos menos que suas colegas fizeram em 1990 (um declínio de 78 para 73 anos).
As mulheres negras com menos de 12 anos de educação têm expectativa de vida de 74 anos, um ano acima dos 73 anos registrados há duas décadas.
Os pesquisadores acreditam que mulheres negras menos escolarizadas estão experimentando altos níveis de obesidade com consequências negativas para a saúde, enquanto as mulheres brancas nas mesmas condições estariam adotando comportamentos de risco mais letais, tais como tabagismo, alcoolismo e uso de drogas.
"Há essencialmente dois grupos na América. De um lado, a população altamente educada que está experimentando um dramático aumento da expectativa de vida. Do outro, a população menos escolarizada, que convive com quedas ou aumentos modestos na expectativa de vida," afirma o pesquisador.
" Os pesquisadores sugerem que uma das melhores maneiras para resolver estas disparidades é através da educação. Temos de encontrar uma forma de trazer estes subgrupos da população de volta para o presente", completa Olshansky.
Fonte isaude.net
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