Muitas mulheres optam por métodos contraceptivos radicais, como a laqueadura, e por isso é preciso conhecer mais sobre os riscos e indicações dessa intervenção.
O planejamento familiar é muito importante, o diálogo entre o casal e o profissional da saúde, de forma a auxiliar nas decisões tomadas, é fundamental para evitar atitudes precipitadas e complicações futuras. Muitas mulheres optam por métodos contraceptivos radicais, como a laqueadura, e por isso é preciso conhecer mais sobre os riscos e indicações dessa intervenção. Confira mais a respeito do assunto e saiba como reverter a laqueadura.
Chances de sucesso na reversão
Antes de qualquer coisa, é preciso ter em mente que nem sempre cirurgia para reverter a laqueadura apresenta resultados positivos, pois estudos indicam que sua chance de sucesso é de 50% dos casos. Em alguns casos específicos, onde são utilizadas técnicas cirúrgicas super avançadas, com cuidados microcirúrgicos, esse índice pode subir para 70 a 80%. O grande problema é que esta tecnologia avançada, bem como a existência de profissionais devidamente qualificados para realizá-las, ainda não estão disponíveis em todos os centros de saúde.
Por isso que a dica mais importante para a mulher que decidiu realizar a laqueadura é tentar outros meios contraceptivos, como o uso de anticoncepcional oral, injetável ou DIU, até que se tenha plena convicção da decisão tomada. Pacientes jovens devem ter um cuidado ainda maior.
O que é a laqueadura
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil está entre os países com maior índice de laqueadura do mundo, chegando a ocorrer em até 40% das mulheres com idade reprodutiva.
Essa cirurgia é considerada como um método contraceptivo definitivo, onde o médico realiza a obstrução da tuba, que é a estrutura responsável por ligar o útero aos ovários. A técnica não é única, e existem mais de dez abordagens diferentes. Entre as opções, as trompas podem ser queimadas, cortadas, suturadas ou serem bloqueadas com anéis de plástico ou clipes de titânio.
Salpingoplastia
A cirurgia para reversão da laqueadura, chamada de salpingoplastia, é mais difícil e ainda são poucos os serviços do SUS que o oferecem. O procedimento consiste, basicamente, no restabelecimento da ligação entre o ovário e o útero, que pode se dar por várias técnicas diferentes.
Segundo pesquisas, quanto mais precocemente as mulheres esterilizadas procurarem atendimento para reversão da laqueadura, maiores as chances de sucesso. Outro fator importante a ser considerado é a idade da paciente, uma vez que as pessoas mais jovens tendem a apresentar mais chance de engravidar.
Dependendo da técnica de laqueadura utilizada, a salpingoplastia pode ser irreversível, como nos casos de salpingectomia (retirada das trompas), enquanto que em outros, como a colocação de anéis de plástico ou clipes de titânio, pode ser facilmente revertido.
De maneira geral, nos casos bem sucedidos, as mulheres costumam engravidar dentro de 6 meses a 1 ano após a salpingoplastia. Vale a pena lembrar que o risco de gestação ectópica aumenta em cinco vezes. Quem não obtém o resultado esperado com a intervenção cirúrgica, pode optar por outras técnicas, como a de reprodução assistida por meio de fertilização in vitro.
O planejamento familiar é algo fundamental para todo casal e deve ser discutido com o médico da família, que deve auxiliar as tomadas de decisões. Para evitar transtornos e procedimentos invasivos desnecessários, a melhor medida é optar pelos métodos contraceptivos não definitivos, como a colocação de DIU e o uso de anticoncepcional, até ter absoluta certeza da decisão de não ter filhos.
Fonte Mundo das Tribos
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