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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dormir de conchinha faz mal à saúde?

A cabeça de quem é abraçado pode pressionar o braço de quem
 abraça, uma região sensível, com muitos nervos
Especialistas dão dicas para dividir a cama sem atrapalhar a qualidade do sono e proteger o corpo contra os males do cansaço
 
“Dormir bem” é hábito propagado pelos médicos como receita universal para a boa saúde. Mas dividir a cama com alguém pode comprometer os mecanismos de descanso e ser gatilho de dores, fadiga, insônia e até doenças cardiovasculares.
 
A famosa posição de “conchinha”, em que os parceiros iniciam o sono abraçados, em posição fetal, um coladinho no outro, pode até representar carinho entre os parceiros, mas nem sempre favorece os dois envolvidos.
 
“A cabeça de quem é abraçado pode pressionar o braço de quem abraça, uma região sensível, com muitos nervos. Após horas nesta mesma posição, o resultado pode ser dor, dormência e dificuldade para dormir. A longo prazo, o resultado pode ser uma lesão”, afirma a quiropraxista Bia Pimentel, diretora da clínica QuiroVida, que recebe pacientes com dores nas costas, muitas resultantes da posição inadequada durante o sono.
 
Não é somente a posição conchinha que interfere na paz entre os lençois. Segundo a médica especialista em sono, Ângela Beatriz Lana, o ritmo de descanso dos parceiros é diferente e as condutas distintas na hora de dormir e acordar podem ter consequências negativas para o organismo.
 
“Os ritmos de sono são individuais. Ter o hábito de assistir televisão na cama ou ler antes de dormir pode atrapalhar o descanso do outro”, comenta ela, que é especialista pela Universidade Federal de Minas Gerais.
 
“Despertar em horários diferentes sempre pode fazer barulho e ainda há a falta de cuidado em acender a luz. Neste contexto, há ainda as preferências diferenciadas por cobertas, temperatura do ar condicionado e espaço ocupado no colchão”, pontua a médica.
 
Tudo isso compromete o descanso alheio, em especial quando há sensibilidade à claridade e aos sons. Falta de sono, já endossaram os cardiologistas, faz mal ao coração. Os endocrinologistas ressaltam ainda que é mais difícil emagrecer para quem não dorme as preconizadas oito horas por noite.
 
Ronco e insônia
Por falar em barulho, o ronco do outro é mais um culpado recorrente entre as justificativas para a dificuldade de dormir. Tanto é assim que um mapeamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) contabilizou os problemas do sono mais frequentes na população brasileira e descobriu que insônia, com 42%, e apneia, com 33%, são os mais numerosos.
 
Nos consultórios médicos especializados, afirmam os especialistas, as duas doenças costumam aparecer de forma simultânea. Entre os casais, as noites em claro reclamadas por um paciente – o sinais clássicos da insônia – costumam ter origem no ronco excessivo de quem está ao lado, o sintoma mais frequente da apneia.
 
“Não é só o barulho que incomoda. As mulheres, principalmente, não conseguem descansar porque ficam aflitas, já que o ronco dos apneicos atrapalha a respiração, fazendo com que eles fiquem sem respirar por alguns segundos, o que é angustiante para quem assiste.”
 
Antes só...
A boa notícia é que uma revisão de estudos sobre o sono, feita por neurologistas da Universidade de São Pittsburgh (EUA), concluiu que quando um dos parceiros recebe tratamento para problemas como apneia, automaticamente, melhora a qualidade de sono do outro.
 
O fato é que as necessidades de sono são individuais e o tema é de difícil negociação entre o casal. Isso não significa que o “sonos dos justos” seja um privilégio exclusivo dos que dormem sozinhos. Ao contrário. O mesmo levantamento feito por pesquisadores norte-americanos alertou que dividir a cama faz com que as pessoas despertem com níveis menores de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, e níveis maiores de ocitocina, chamado de hormônio do amor e da felicidade.
 
Dicas
A dica de Ângela Beatriz Lana para desfrutar só das vantagens de dormir com outra pessoa é respeitar as características de cada um.
 
“Se for sensível à claridade, use máscara. Caso se incomode com o barulho, utilize plug no ouvido”, orienta.
 
Além disso, é importante cada um escolher o travesseiro mais adaptado às posições em que costuma dormir (de lado, travesseiro mais indicado é o baixo; de barriga para cima, o travesseiro sugerido é o mais alto; para todos, é orientado evitar dormir de bruços). Sempre é bom virar o colchão de vez em quando. Com o passar do tempo ele fica 'viciado' nas formas do corpo e pode comprometer o descanso. Levando tudo isso em consideração, é só desfrutar dos bons sonhos, sozinho ou acompanhado.
 
Fonte iG

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