Crescimento do útero pressiona o estômago ocasionando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago |
A gastrite é uma inflamação da mucosa do estômago que geralmente é causada pelo aumento da acidez do estômago. Pode ser desencadeada por questões emocionais como ansiedade e estresse. Durante a gestação, é importante atentar-se aos sintomas e à regularidade com que acontecem, pois quanto antes ocorrer o diagnóstico, mas fácil e rápido é o tratamento.
O médico pode prescrever medicamentos para diminuir a secreção do ácido produzido pelo estômago e indicar alterações no cardápio da grávida — diz o médico endoscopista Sérgio Barrichello, da Clínica Healthme gerenciamento de perda de peso.
Ele explica que a gastrite pode se manifestar durante a gestação por meio de perda do apetite, náuseas, vômitos associados à dor e queimação na boca do estômago.
Isso acontece devido às mudanças hormonais e também devido ao crescimento do útero que pressiona o estômago ocasionando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago — informa.
De acordo com o médico, a elevação do nível de progesterona causa o relaxamento da musculatura que separa esôfago do estômago.
A partir disso, os ácidos gástricos sobem para o esôfago causando a sensação de azia e opressão torácica — completa.
O médico garante que tais sintomas podem surgir durante toda a gestação, sendo mais frequente nos últimos meses.
É essencial que a gestante adquira hábitos saudáveis para ajudar a evitar o problema — fala Barrichello.
Entre estes hábitos, o médico destaca:
• Não ingerir grande quantidade de comida antes de dormir.
• Realizar seis refeições diárias fracionadas e em pouca quantidade.
• Cortar condimentos e frituras.
• Mastigar bem os alimentos e não beber líquidos durante a refeição.
• Evitar ingerir café, bebidas gaseificadas ou achocolatados no período noturno.
• Fazer uma caminhada leve após cada refeição para ajudar no processo digestivo.
Medidas para evitar o problema
Além de investir em uma boa alimentação e na prática de exercícios físicos, outra questão importante é a posição durante o sono, pois isso pode interferir nos sintomas do refluxo.
O ideal é que a gestante durma em uma posição de modo que a cabeça fique mais alta que os pés, para aliviar a sensação de azia e queimação — ensina.
A futura mamãe também deve usar roupas largas e confortáveis que não apertem a cintura e o estômago. Medicações antiácidas melhoram bastante os sintomas mas vale destacar que tais cuidados podem aliviar o problema, mas o médico obstetra deve ser notificado sobre tais sintomas, pois ele irá oferecer recomendações específicas para sua paciente.
Fonte Diário Catarinense
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