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quarta-feira, 20 de março de 2013

Depressão na infância aumenta risco de problemas cardíacos mais tarde na vida

Crianças deprimidas foram mais propensas a fumar
Foto: Lipstiq
Crianças deprimidas foram mais propensas a fumar
Adolescentes que estavam deprimidos na fase infantil foram muito mais propensos à obesidade, ao fumo e ao sedentarismo
 
Depressão na infância pode aumentar o risco de problemas cardíacos mais tarde na vida, de acordo com pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA.
 
Os dados indicam que adolescentes que estavam deprimidos na fase infantil foram muito mais propensos à obesidade, ao fumo e ao sedentarismo, mesmo que já não fossem mais depressivos.
 
Os pesquisadores relataram suas descobertas na Reunião Anual da American Psychosomatic Society.
 
"Parte da razão de isso ser tão preocupante é que uma série de estudos recentes tem mostrado que quando os adolescentes têm esses fatores de risco cardíaco, eles são muito mais propensos a desenvolver doença cardíaca na vida adulta e até mesmo a ter uma vida útil mais curta. Fumantes ativos na adolescência são duas vezes mais propensos a morrer com a idade de 55 anos do que os não fumantes, e vemos riscos semelhantes com a obesidade, assim a descoberta dessa ligação entre depressão infantil e fatores de risco sugere que é preciso acompanhar de perto os jovens que têm apresentado depressão", afirma primeiro autor Robert M. Carney.
 
Os pesquisadores sabem há anos que os adultos com depressão tendem a ter ataques cardíacos e outros problemas cardíacos, mas não ficou claro quando os fatores de risco para doenças do coração, tais como tabagismo, obesidade e sedentarismo unem forças com depressão para aumentar o risco de problemas do coração.
 
"Nós sabemos que a depressão em adultos está associada a doenças cardíacas e um risco maior de morrer de um ataque cardíaco ou de ter complicações graves. O que nós não sabemos é em que fase da vida poderíamos começar a ver evidências de associação entre a depressão e estes fatores de risco cardíaco" , observa Carney.
 
A equipe de pesquisa estudou crianças que haviam participado de um estudo de 2004 sobre a genética de depressão. Na época, a média de idade foi de 9 anos. Os pesquisadores entrevistaram 201 crianças com histórico de depressão clínica, juntamente com 195 de seus irmãos que nunca haviam sido deprimidos. Eles também reuniram informações de 161 crianças não relacionadas e sem histórico de depressão.
 
Em 2011, quando os participantes do estudo atingiram a idade de 16 anos, os pesquisadores os entrevistaram novamente, olhando para as taxas de obesidade, tabagismo e atividade física em todos os três grupos de adolescentes.
 
Das crianças que estavam deprimidos aos 9 anos, 22% eram obesas aos 16 anos. Apenas 17% dos irmãos que não tiveram depressão eram obesos, e a taxa de obesidade foi de 11% nas crianças não relacionadas que nunca haviam sido deprimidas.
 
Carney e seus colegas encontraram padrões semelhantes quando olharam para tabagismo e atividade física. "Um terço dos que estavam deprimidos na infância se tornaram fumantes diários, em comparação com 13% de seus irmãos não deprimidos e apenas 2,5% do grupo controle", afirma.
 
Em termos de atividade física, os adolescentes que haviam sido deprimidos foram os mais sedentários. Seus irmãos eram um pouco mais ativos, e os membros do grupo controle foram os mais ativos.
 
Os resultados sugerem que qualquer histórico de depressão na infância parece influenciar a presença de fatores de risco cardíaco durante a adolescência, de acordo com Carney. "A depressão parece vir em primeiro lugar. Ela tem um papel importante, se não um papel causal. Pode haver algumas influências genéticas relacionadas que dão origem a depressão e à doença de coração, ou pelo menos para esses tipos de comportamentos de risco cardíaco, mas mais estudos serão necessários antes que possamos tirar conclusões sólidas sobre isso", conclui.
 
Fonte isaude.net

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