Representantes da empresa fabricante da bebida deram explicações ao governo sobre o recall do lote de Ades de 1,5 litro, de sabor maçã, que foi envazado com produtos de limpeza
Representantes da Unilever Brasil, empresa fabricante da bebida Ades, se reuniram nesta terça-feira (19) com autoridades do Ministério da Justiça e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Eles foram convocados para prestar esclarecimentos sobre o recall do lote da bebida à base de soja. Na última quinta-feira (14) a empresa divulgou que o lote de inciais AGB, da bebida Ades de 1,5 litro de sabor maçã teve unidades envazados com produtos de limpeza e, portanto, imprópria para o consumo.
A empresa relatou que recolheu 36 caixas das 96 contaminadas. De acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Amaury Oliva, por enquanto a empresa está cumprindo todos os deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor. Ele ressaltou que o consumidor poderá recorrer à Justiça no caso de danos pessoais.
“A empresa é responsável pelos danos que causou aos consumidores. Se os consumidores tiverem danos pessoais podem recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e ao Poder Judiciário para eventual indenização”, disse. Oliva também informou que a Unilever Brasil poderá ser multada em até R$ 6,2 milhões, caso a empresa não cumpra todos os deveres. Segundo ele, o ministério continuará monitorando o recall e apurando as responsabilidades da empresa.
A Vigilância Sanitária de Minas Gerais, estado onde foi fabricado o lote contaminado, começou a inspeção segunda-feira (18) e, de acordo com com Suzany Moraes, gerente-geral de Alimentos da Anvisa, deve concluir um relatório em até 48 horas.
“A gente precisa da conclusão do relatório de inspeção. A partir daí, a gente vai levantar quais são as irregularidades para tocar o processo. Caso sejam constatadas irregularidades que não foram sanadas, a gente pode vir a finalizar o processo administrativo sanitário com aplicação de multa”, explicou a representante da Anvisa. Os representantes da Unilever não deram entrevista à imprensa.
Fonte Agência Brasil
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