Os resultados mostraram que a maioria dos adolescentes que apresentam comportamento de risco para transtornos alimentares são do sexo feminino (72,5%) |
Realizada na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP – USP), a pesquisa mostrou que a prática de dietas restritivas aumenta a chance de desenvolver comportamento de risco alimentar 17,26 vezes entre os homens e 12,82 nas mulheres.
Os adolescentes analisados tinham idade entre 14 e 19 anos, eram estudantes do ensino médio de 12 Escolas Técnicas do Centro Paula Souza, no município de São Paulo, e foram selecionadas a partir de sorteio. A pesquisadora Greisse Viero da Silva Leal, autora do estudo, utilizou o Questionário de Atitudes Alimentares de Adolescentes (QAAA), adaptado do questionário utilizado no EAT Project em Minnesota (Estados Unidos) em 2002, para coleta de dados.
O questionário avaliou as atitudes alimentares e seus determinantes em adolescentes, além de comportamentos de risco para transtornos alimentares. Os resultados mostraram que a maioria dos adolescentes que apresentam comportamento de risco para transtornos alimentares são do sexo feminino (72,5%).
Os comportamentos mais comuns são: compulsão alimentar (10,3%), prática de dieta restritiva (8,7%), uso de diuréticos (1,4%), uso de laxantes (0,3%) e vômito autoinduzido com o objetivo de emagrecer (0,3%).
Na adoção de praticas não saudáveis para controle de peso, as moças também são a maioria, 66,8%. Comer muito pouca comida (20,4%), pular refeições (20,6%), usar substitutos de refeições e alimentos (7,4%), usar remédios para perda de peso (2,1%) e fumar mais cigarros para emagrecer (1,6%).
A pesquisa mostrou, ainda, que, entre as meninas, a leitura de revistas sobre dieta para emagrecimento aumentou em 2,87 vezes a chance de apresentar práticas não saudáveis para controle de peso. Entre os rapazes, os maiores influenciadores para adoção de práticas não saudáveis para emagrecer foram o estimulo materno à prática de dietas e a mídia.
Estar satisfeito com a imagem corporal diminuiu a probabilidade em ambos os sexos.
Fonte Agência USP
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