Brasília - O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) lançaram ontem (1º) o Programa Nacional de Segurança do Paciente, que
tem o objetivo de diminuir "eventos adversos" em pacientes internados, como
quedas, administrações incorretas de medicamentos e erros em procedimentos
cirúrgicos. Em coletiva à imprensa, a pasta divulgou estudo apontando que 7,6%
dos paciente internados passam por esses incidentes e 66% deles são
evitáveis.
O programa determina a obrigatoriedade da implantação de Núcleos de Segurança
do Paciente em todos os hospitais, públicos ou particulares, para aplicar e
fiscalizar regras sanitárias e protocolos de atendimento que previnam falhas.
Segundo o Ministério da Saúde, os núcleos devem entrar em funcionamento em 120
dias.
O programa prevê ainda o estabelecimento de seis protocolos nacionais de
prevenção de falhas no atendimento, que ainda vão passar por consulta pública.
Eles vão trazer regras sobre higienização das mãos em hospitais, cirurgia
segura, prevenção de úlcera por pressão, identificação de pacientes, prevenção
de quedas e prescrição, uso e administração de medicamentos.
“É importante que os conceitos sejam consensos nacionais, até para que a
cobrança sobre a responsabilidade dos profissionais sejam baseadas nesses
consensos. [Os protocolos] vão desde coisas bastante simples como a forma e
quantas vezes lavar a mão, a forma de identificar um medicamento”, explicou o
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Os hospitais serão obrigados a notificar mensalmente a Anvisa sobre a
ocorrência desses eventos adversos. Caso os hospitais não sigam as normas do
programa, podem ser punidos até mesmo com a suspensão do alvará de
funcionamento.
Para Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa, o programa vem
reposicionar e reafirmar o que deve ser prática no cotidiano dos hospitais. “
Achar que todo mundo faz é o primeiro passo para errar. Muitas vezes os
protocolos falam o óbvio, mas ele vem chamar a atenção para essas coisas do dia
a dia que permitem uma troca de medicamento, que permitem que um paciente seja
tratado no lugar do outro, que um membro seja operado no lugar do outro” disse
Barbano.
Fonte Agência Brasil
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