O Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, realizou, pela primeira vez, uma neurocirurgia de epilepsia |
O Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, realizou, pela primeira vez, uma neurocirurgia de epilepsia. O procedimento, chamado de hemisferectomia funcional, é raro, de alta complexidade e foi feito na semana passada em um menino de três anos.
Desde o primeiro ano de vida, o pequeno paciente, morador de Ibirama, tinha crises convulsivas muito frequentes, que afetava o lado esquerdo do corpo com uma paralisia parcial. A criança tinha uma má formação cortical no lado direito do cérebro. Diagnosticado no Hospital Infantil com epilepsia refratária (quando a doença não responde a medicamentos), a única opção de tratamento era a cirurgia.
Segundo o neurocirurgião pediátrico Charles Kondageski, que fez parte da equipe médica que operou o garoto, a tendência é que com a intervenção diminua a mobilidade do lado esquerdo do corpo, com grandes chances de reabilitação, redistribuindo para o lado normal do cérebro as ações que antes eram comandadas pelo lado afetado pela epilepsia.
Antes do procedimento, o paciente tinha convulsões diárias, pouca mobilidade motora, não usava a mão esquerda e não conseguia sentar, pois não tinha firmeza no tronco. Depois da cirurgia, o menino não teve mais crises de epilepsia nem complicações.
— A cirurgia demanda médicos devidamente habilitados e um centro cirúrgico preparado para a realização do procedimento.
A cirurgia de hemisferectomia funcional é realizada somente em seis estados brasileiros, incluindo Santa Catarina. O médico Murilo Capella, diretor geral do HIJG, comemora o sucesso do procedimento.
— É o primeiro caso no Estado da cirurgia de hemisferectomia funcional. Esperamos estender esse procedimento para outras crianças e consolidar o hospital como referência nessa técnica.
Fonte R7
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