Nova Délhi, 20 ago (EFE).- O governo indiano iniciou nesta terça-feira vários pontos do país o programa de segurança alimentar que oferecerá alimentos subsidiados a 64% da população, o que significa 782 milhões de pessoas, informou a imprensa local.
O ambicioso projeto, aprovado por decreto no início de julho pelo Executivo indiano, tem um custo de US$ 22 bilhões e foi idealizado pela presidente do governante Partido do Congresso, Sonia Gandhi.
A líder do Congresso lançou o programa alimentício de Nova Délhi para homenagear o aniversário de seu falecido marido - o ex-primeiro-ministro indiano Rajiv Gandhi - porque era, disse, "um de seus sonhos" e não conseguiu cumpri-lo ao ser assassinado. A lei de segurança alimentar garante a 75% das casas na zona rural e 50% dos urbanos o direito a adquirir sete quilos mensais de cereais a preços subvencionados.
Segundo o último censo oficial de 2011, 833 milhões de pessoas vivem em zonas rurais do gigante asiático e 377 milhões em áreas urbanas, por isso o plano beneficiaria aproximadamente 64% da população, cerca de 782 milhões de pessoas.
A lei, no entanto, deve ser aprovada ainda pelas duas câmaras do Parlamento, embora o governo seja "otimista" e espere que entre em vigor antes das eleições gerais de 2014, o que poderia lhe dar o apoio nas urnas das classes mais desfavorecidas. Mas o Executivo não deve conseguir fácil, pois várias formações políticas da oposição, incluindo importantes aliados do governo como o Partido Bahujan Samajwadi (BSP, em sua sigla em inglês), reivindicaram mais de 260 emendas à lei para apoiá-la. "Apoiamos a lei porque é feita para os pobres, mas queremos que sejam feitas certas mudanças", afirmou uma deputada do BSP, segundo informou a agência indiana "Ians".
A principal formação da oposição, o conservador Partido Bharatiya Janata, não se opõe em princípio à lei, mas pediu que se debata no Parlamento. Apesar do rápido crescimento da Índia nas duas últimas décadas, 80% de seus 1,21 bilhão de habitantes vive com menos de US$ 2 por dia e deles 22% com menos de 50 centavos, quantidade que, de acordo com o governo indiano, está abaixo da linha da pobreza.
Efe/R7
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