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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Anticoncepcional de longa ação pode ser boa opção para muitas mulheres

Métodos contraceptivos com o adesivo subcutâneo podem
ajudar aquelas mulheres que não conseguem lembrar de
tomar a pílula diariamente
A principal vantagem do meio é a praticidade, já que não é necessário lembrar diariamente de usar um método contraceptivo
 
Quando o assunto é prevenir uma gravidez indesejada, os métodos mais populares, como pílula e preservativo, são os primeiros que vêm à mente. Mas para uma boa parte das mulheres, os chamados anticoncepcionais de longa duração são uma boa opção que muitas vezes não é considerada.
 
A principal vantagem dos anticoncepcionais de longa duração é a praticidade, já que a mulher não precisa se preocupar diariamente em como se prevenir contra uma gravidez indesejada. Aquelas mulheres que não pretendem engravidar a curto prazo também têm vantagens ao optar por esses métodos.
 
Atualmente estão disponíveis o anel vaginal mensal, o dispositivo intrauterino (DIU), o adesivo cutâneo semanal, o sistema intrauterino (SIU) e o anticoncepcional injetável. Entenda abaixo quais são eles e como funcionam:
 
Anel vaginal mensal – é um pequeno anel flexível ique libera hormônios que inibem a ovulação. A usuária o insere na vagina como um absorvente interno, o deixa por três semanas. Depois de uma semana de descanso, coloca um novo.
 
Dispositivo intrauterino (DIU) – é um dispositivo de polietileno ou cobre que é posicionado dentro da cavidade uterina e cria um ambiente nada amigável para os espermatozoides, agindo como um espermaticida ou evitando que eles cheguem até as tubas uterinas.
 
Sistema intrauterino (SIU) – é um dispositivo como o DIU, porém conta com hormônios que inibem o crescimento do endométrio e torna o ambiente desfavorável para a concepção. O SIU faz com que o muco cervical fique espesso, e isso dificulta a viagem dos espermatozoides para fertilizar o óvulo.
 
Adesivo cutâneo semanal – é um adesivo que permanece na pele durante sete dias, e deve ser trocado depois desse período. A cada três semanas, deve existir uma semana de descanso. A forma de ação conta com a liberação gradual de hormônios na corrente sanguínea.
 
Anticoncepcional injetável – é uma injeção hormonal com duração variável. Existem as com duração mensal ou trimestral, mas somente o médico poderá indicar a ideal. A injeção é intramuscular e a dose pode ser aplicada na farmácia.
 
Implante subcutâneo – é um pequeno tubo implantado no antebraço por meio de uma microcirurgia com anestesia local. Ele age liberando pequenas doses de hormônios na circulação.
           
Duração
O tempo de proteção contra uma gravidez varia a cada método, mas corresponde a uma média que vai de três meses até dez anos. O dispositivo intrauterino (DIU), por exemplo, pode durar entre cinco a dez anos.
 
O anticoncepcional injetável pode ter duração trimestral, o implante subcutâneo pode agir por até três anos e o sistema intrauterino (SIU) tem poder de durar até cinco anos.
 
Mas nem todos os contraceptivos de longa ação são hormonais. O dispositivo intrauterino (DIU) é uma opção completamente livre de hormônios.
           
Quem pode usar
Os anticoncepcionais de longa ação que não contêm estrogênio podem ser usados também por mulheres em fase de amamentação ou que têm alguma restrição com o uso desse hormônio. Os que não contém esse hormônio também podem ser usados por mulheres que têm mais de 35 anos e que apresentam fatores de risco de doenças cardiovasculares, que são fumantes, têm diabetes e enxaqueca, sempre sob orientação médica.
 
Mitos e receios
Um temor é a questão da volta da fertilidade. A ginecologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Cristina Guazzelli explica que o retorno da fertilidade acontece com rapidez depois da retirada ou suspensão dos métodos e permite uma gestação na sequência, desde que não haja fatores clínicos precedentes que possam dificultar a concepção.
 
Existe, porém, uma exceção: no caso do anticoncepcional injetável trimestral, o retorno da ovulação é mais lento, em torno de cinco meses e meio depois que o prazo de eficácia expirar. Métodos definitivos como a esterilização feminina, conhecida por laqueadura, não são considerados anticoncepcionais de longa ação.
 
iG

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