Ilustração: 4kingdoms Ataques cardíacos ocorrem quando uma das artérias coronárias, vasos sanguíneos que fornecem sangue ao coração ficam bloqueadas |
Uma nova forma de cirurgia para pacientes com ataque cardíaco poderia salvar milhares de vidas por ano, de acordo com pesquisa apresentada no European Society of Cardiology, nos EUA.
O procedimento, conhecido como angioplastia preventiva, é capaz de reduzir o risco de morte e de outras complicações sérias em dois terços.
Médicos britânicos por trás da pesquisa acreditam que a cirurgia, que trata outras artérias bloqueadas além daquela que desencadeou o ataque, deve ser adotada rotineiramente.
Ataques cardíacos ocorrem quando uma das artérias coronárias, vasos sanguíneos que fornecem sangue ao coração, tornam-se bloqueadas, fazendo com que o músculo fique danificado.
Neste momento, os pacientes passam por uma operação de emergência chamada de angioplastia imediatamente após o ataque, quando os médicos inserem um tubo fino - um stent - na artéria bloqueada para permitir que o sangue flua.
Durante a cirurgia, os médicos muitas vezes descobrem que outras artérias estão parcialmente bloqueadas, o que poderia causar outro ataque cardíaco no futuro.
Embora as diretrizes digam que os médicos devem tratar apenas a artéria que causou o ataque, alguns especialistas vêm inserindo stents em outras veias de alto risco, na esperança de prevenir problemas futuros.
Como cada procedimento pode provocar hemorragia, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco, e incorre em um custo extra, muitos médicos acreditam que não vale a pena.
O pesquisador David Wald e seus colegas realizaram um estudo em 465 pacientes que sofreram ataques cardíacos entre 2008 e 2013.
Cerca de metade dos pacientes teve a cirurgia para colocação de um stent apenas na artéria que causou o ataque cardíaco, enquanto a outra metade teve o dispositivo implantado em outras artérias bloqueadas.
A pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, mostrou que os pacientes que tiveram a cirurgia em outras artérias bloqueadas eram 64% menos prováveis de morrer ou sofrer um ataque cardíaco grave.
"O julgamento fornece novas evidências que podem ajudar a rever as diretrizes existentes.
Obviamente, vai depender sempre de o médico olhar para o paciente e decidir por si. Para mim, como cardiologista, isso mudou completamente a forma como eu trabalho", afirma Wald.
Isaude.net
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