Foto: Agência Brasil |
Essas atividades físicas estão entre as recomendadas
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a quem tem mais de 18 anos.
No dia a dia, deixar o carro em casa e ir a pé à padaria, passear com o
cachorro e trocar o elevador pelas escadas também são atitudes simples que podem
contribuir para que as pessoas não deixem de se movimentar, como explica a
presidenta do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Cristina
Calegaro.
“Quanto mais a pessoa se movimenta, mais ela quer se movimentar. Em vez de
pedir ao filho para pegar um copo de água, levante-se, sugere. "Antes, não
tínhamos controle remoto na TV e era preciso levantar para mudar de canal. O
avanço tecnológico também contribuiu para diminuir a necessidade de movimento.
Com pequenas mudanças de rotina, as pessoas vão se movimentando e sentindo
necessidade de mais movimento”, diz Cristina.
A OMS recomenda a prática de 30 minutos de atividade física em cinco ou mais
dias por semana. Esse tempo pode ser contabilizado de forma separada nas
atividades do dia a dia, explica a professora do Departamento de Nutrição da
Universidade de Brasília Kênia Mara Baiocchi. “A atividade física é qualquer
movimento que você faça. É a caminhada, a escada para não pegar elevador. E
esses 30 minutos não precisam ser juntos. Passear com o cachorro está valendo,
cuidar da casa, do jardim”, diz.
Uma alternativa que vem ganhando espaço são as academias em praças e espaços
públicos que reúnem um conjunto de equipamentos para incentivar a prática de
atividades físicas ao ar livre por iniciativa de governos estaduais e
municipais. A dona de casa Maria Selva, de 54 anos, que vive no Paranoá, região
administrativa do Distrito Federal, aderiu à prática de atividades físicas em
uma dessas academias.
Ela conta que recebeu recomendação médica para fazer atividade física por ter
diabetes e pressão alta. Procurando opções que não trouxessem gastos extras,
Maria Selva começou caminhar. “Eu não tinha condições de pagar academia e também
não há nenhuma perto da minha casa”, disse. A atividade agradou, mas as
companheiras de caminhada deixaram o exercício e Maria Selva passou a se
exercitar na academia da saúde. “Faço mais de 30 minutos de exercícios de
segunda a sábado. Depois que comecei, senti que tenho mais disposição, chego em
casa mais disposta para trabalhar”, contou.
A profissional de educação física Cristina Calegaro alerta para o cuidado de
não exagerar nos exercícios físicos nas academias públicas, já que os
frequentadores não contam com a orientação de um professor.
A pesquisa Vigitel mostra que, à medida que a idade avança, as pessoas se
exercitam menos. No grupo pesquisado entre 18 e 24 anos, 47,6% fazem atividade
física no tempo livre. O percentual se reduz gradativamente e, a partir dos 65
anos, é apenas 23,6%. Dos pesquisados acima de 18 anos, a pesquisa mostra que as
mulheres são as que menos se exercitam no tempo livre. Enquanto 41,5% dos homens
fazem atividade física no tempo livre, o percentual é 26,5% das mulheres.
Agência Brasil
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