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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Perda de memória por idade pode ser reversível

Perda de memória por idade pode ser reversível Stock.Xchng/Divulgação
Foto: Stock.Xchng / Divulgação
Estudo feito indica que a deterioração da memória com a idade
e o mal de Alzheimer são patologias diferentes
Carência de proteína está relacionada com a diminuição da capacidade de armazenar lembranças com o passar dos anos
 
A perda da memória com o avanço da idade é um mal bastante comum entre pessoas idosas. No entanto, o fenômeno, antes relacionado com o mal de Alzheimer, pode ser reversível. Cientistas concluíram que a falta de uma proteína desempenha um papel chave no declínio da memória com o envelhecimento e a correção da produção desta proteína, a partir do gene produtor, pode abrir caminho para novos tratamentos.
 
Segundo estudos publicados nesta quarta-feira, a carência da proteína RbAp48 na parte do cérebro conhecida como hipocampo é um fator importante da perda de memória associada ao envelhecimento. A descoberta foi feita por cientistas da faculdade de Medicina da Universidade de Columbia em Nova York, chefiados por Eric Kandel, co-ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 2000.
 
O estudo, feito sobre células cerebrais humanas - retiradas de cadáveres, assim como de camundongos - é a indicação mais forte até agora de que a deterioração da memória com a idade e o mal de Alzheimer são patologias diferentes.
 
Enquanto a primeira parece ser reversível quando tratada a falta da proteína em questão, a segunda continua sendo incurável, explicam os autores dos trabalhos, publicados na revista americana Science Transnational Medicine.
 
— Estes resultados têm implicações potenciais no diagnóstico e no tratamento dos problemas de memória — destacou Kandel em um comunicado.
 
Até agora, os cientistas consideravam que a perda da memória era um dos primeiros sintomas do mal de Alzheimer, mas cada vez mais indícios levam a crer que se trata de um fenômeno que afeta o giro denteado, uma subárea do hipocampo.
 
Para realizar o estudo, os autores fizeram uma análise genética das células que provêm do giro denteado de oito pessoas falecidas entre os 33 e os 88 anos, das quais, nenhuma sofria de doença cerebral.
 
Os cientistas constataram que o gene RbAp48, que permite produzir a proteína do mesmo nome, tem seu funcionamento diminuído com o avanço da idade em todos os indivíduos. Os cientistas testaram, então, este mesmo gene em camundongos para determinar seu papel na perda de memória.
 
Assim, quando bloquearam geneticamente a expressão deste gene no cérebro das cobaias jovens e saudáveis, elas experimentaram os mesmos problemas de memória do que seus similares mais velhos, como demonstrado em testes de labirinto. Uma vez restabelecida a função do gene, a memória dos jovens camundongos voltava à normalidade.
 
Finalmente os cientistas reativaram o gene para que se expressasse no cérebro dos camundongos mais velhos que, segundo eles, recuperaram a memória da juventude.
 
AFP

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