A constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre ou intestino preso, é um distúrbio caracterizado pela dificuldade de evacuar. Isso, muitas vezes, pode ser reflexo do mau funcionamento dos intestinos, devido a uma dieta pobre em fibras, pouca ingestão de líquidos, falta de exercícios e consumo excessivo de alimentos industrializados.
O problema é mais comum em mulheres, especialmente durante a gravidez, nos idosos e nas crianças. A constipação intestinal é cercada de várias dúvidas e mitos, por isso entendê-la é o primeiro passo para cuidar desse desconforto.
A constipação intestinal pode ser classificada em dois tipos:
Funcional: a mais frequente e decorrente de vários fatores, como má alimentação, sedentarismo, falta de regularidade de horário para a evacuação e alterações motoras ou da inervação do intestino
Orgânica ou secundária: neste caso, a constipação intestinal é causada por outra doença intestinal, como estreitamento do canal retal ou não intestinal, como doenças sistêmicas (diabetes e hipotireoidismo).
Em ambos os tipos, o médico é o profissional indicado para avaliar cada caso.
Principais queixas
A constipação intestinal pode apresentar-se com número reduzido de evacuações, dificuldade para eliminar as fezes, sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos, desconforto ou esforço, mal-estar, gases ou estufamento.
— Embora o exercício físico e a dieta rica em fibras tenham um efeito colaborativo, alguns fatores como idade, depressão, inatividade, e quantidade de medicamentos recebidos (anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, analgésicos, etc.), colaboram para o surgimento da constipação — destaca o pós-doutor em Gastroenterologia, Eduardo André.
Tratamento e prevenção
Segundo o médico Eduardo André, muitos casos podem ser resolvidos com medidas simples, com mudanças de hábitos que podem aliviar o desconforto do paciente.
— É importante ressaltar que a prisão de ventre é um sintoma e não a doença. Por isso é importante o diagnóstico e o tratamento correto, de acordo com o perfil de cada individuo. Nem sempre evacuar diariamente é o que funciona para a pessoa, sendo a qualidade de sua evacuação o que mais alívio proporciona ao paciente — afirma.
Algumas dicas podem ajudar melhorar e até prevenir esse problema. Confira:
— Caso tenha dificuldade em evacuar, procure sempre estimular esse reflexo, geralmente por um tempo razoável, ao redor de 10 minutos, preferencialmente após as principais refeições
— Evite grandes esforços, entretanto estimule sempre o ato de evacuação (esforço fisiológico)
— As fibras são importantes. Consuma-as por meio de frutas, verduras e legumes regularmente
— Beba bastante líquido, cerca de dois litros por dia
— Coma frutas, como laranja com bagaço, maçã com casca, mamão, etc.
— Pratique exercícios de forma regular. Caminhar, pedalar ou nadar são boas alternativas para quem não tem muito tempo para a academia.
Para diagnosticar o distúrbio, é necessário a visita a um médico especialista, que deve avaliar a rotina do paciente, examiná-lo e solicitar exames específicos, quando achar necessário.
Zero Hora
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