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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Chip microfluídico pode capturar células cancerosas no sangue

Em 10 análises, o chip conseguiu capturar uma média de 73% das células doentes entre bilhões de células normais
 
Um chip microfluídico desenvolvido na Universidade de Michigan consegue capturar células cancerígenas no sangue, abrindo possibilidade para o diagnóstico precoce da doença, além do acompanhamento dos tratamentos, sem submeter os pacientes à biópsia tradicional.

"Se conseguirmos implementar esta tecnologia, vamos alcançar um grande avanço na criação de novos medicamentos contra o câncer e revolucionar o tratamento", disse Max Wicha, um dos responsáveis pelo estudo.

Para testar o dispositivo, a equipe usou amostras de um mililitro de sangue através da câmara fina do chip. Mesmo quando se tinha adicionado apenas três a cinco células cancerosas entre 5 a 10 bilhões de células sanguíneas normais o chip conseguiu obter sucesso na detecção das células doentes. Nas 10 análises realizadas, a média de captura foi de 73% das células de câncer. Na metade dos testes, o chip capturou todas as células tumorais.

Separar as células tumorais das normais, principalmente em estágios iniciais da doença, é um dos grandes desafios da medicina. "Este nível de análise vai nos ajudar a compreender os mecanismos biológicos básicos que levam à metástase das células cancerosas, a principal causa de morte dos pacientes." afirmam os pesquisadores.

O novo chip pode capturar células cancerosas da mama, do pâncreas e do pulmão e deve começar a ser comercializado em três anos.

Funcionamento
Os novos chips microfluidos funcionam como "densas florestas de cadeias moleculares", cada uma equipada com um anticorpo para "agarrar" as células cancerosas.

As pesquisas envolveram o engenheiro elétrico Hyeun Joong Yoon. Ele começou com uma base de silício e acrescentou uma grade de cerca de 60 mil formas de ouro planas, como as flores de quatro pétalas, cada uma mais fina que um fio de cabelo.

As flores de ouro atraem naturalmente um material chamado óxido de grafeno. Através desta formação de camadas a equipe consegui desenvolver cadeias moleculares densas para capturar o tumor. "É quase como se cada grafeno tivesse muitos nano-braços para capturar células", disse o professor de engenharia química Sunitha Nagrath.

 
Isaude,net

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