Foto: UN Photo/Tim McKulka Sudaneses procuram alimento em depósito de lixo. África Subsaariana abriga 24,8% das pessoas que passam fome, o índice mais alto do mundo |
Relatório da ONU com base no biênio 2011/2013 sobre o "Estado da Insegurança Alimentar" mostra que 842 milhões de pessoas sofrem com fome crônica no mundo.
O documento afirma que o número de pessoas com fome nos países em desenvolvimento caiu 17% em mais de duas décadas, entre 1990 e 2013.
Segundo as agências da ONU envolvidas na organização do relatório, a maioria das pessoas com fome vive em países em desenvolvimento, mas 15,7 milhões estão em nações desenvolvidas.
Para o representante de políticas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Adoniram Sanches, esse fato tem chamado a atenção dos especialistas.
"Tradicionalmente, a metodologia não tratava de países desenvolvidos. Ela começou a ser tratada nesses dois últimos relatórios em decorrência do aumento do desemprego. Em muitos países, o acesso que as pessoas têm ao alimento é via salário. Então, como não há uma estabilidade de renda, começam a aparecer problemas no núcleo da família. Em Portugal este índice já atinge a casa dos 7%."
Objetivos do milênio
A FAO afirma que a meta de se reduzir à metade o número de pessoas com fome no mundo em 2015, não poderá ser cumprida, apesar de 22 países, incluindo o Brasil, terem atingido esta índice no ano passado.
Segundo o relatório, o constante crescimento econômico nos países em desenvolvimento melhorou os salários e o acesso à comida. Além disso, o aumento da produção agrícola melhorou também a disponibilidade de alimentos.
As maiores reduções aconteceram na América Latina e no sudeste e leste da Ásia. Apesar do progresso mundial, a região da África Subsaariana registrou um avanço muito pequeno. A região abriga 24,8% das pessoas que passam fome, o índice mais alto do mundo.
Isaude.net
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