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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Gel combate infecção hospitalar

IBM desenvolveu um gel antimicrobiano para combater infecções hospitalares, com base na técnica científica que utiliza para produzir semicondutores
 
Cientistas da IBM desenvolvem um gel que mata micróbios, inclusive os que causam tipos de persistentes infecções por estafilococos, um grande problema para especialistas. Para isso, usam materiais similares que permitem a rápida transferência de mensagens computacionais.
 
O novo gel da empresa faz parte do pioneiro programa de nanomedicina no Vale do Silício. Embora a companhia já forneça tecnologias de computação para o setor de saúde há muito tempo, são mais recentes seus esforços para desenvolver produtos médicos de sua marca.
 
Enquanto produtos antibacterianos passam através da membrana de um microrganismo e funcionam no sentido de desestabilizar seu mecanismo interno, o gel da IBM rompe a membrana como uma casca de ovo e em seguida remove o material infeccioso.
 
"As técnicas e ferramentas que usamos para criar aplicações na área de semicondutores se aplicam muito bem em áreas de maior impacto social", disse Bob Allen, gerente sênior de química e pesquisa de materiais avançados na IBM. "Estamos aplicando um grande volume de recursos em nossas iniciativas no setor de saúde".
 
O objetivo principal do gel, desenvolvido em colaboração com o Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia, é substituir antibióticos. O uso excessivo de antibióticos criou resistência a medicamentos que oneram os Estados Unidos em aproximadamente US$ 20 bilhões por ano em custos de saúde. A conta inclui 8 milhões de dias adicionais em internações hospitalares, segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças.
 
"O micróbio não tem tempo para pensar, como acontece quando empregamos antibióticos", disse Jim Hedrick, um pesquisador do Almaden IBM Lab, em San José. "Com os antibióticos, o micróbio têm tempo para pensar, evoluir e desenvolver resistências, eliminando ou degradando os antibióticos."
 
Embora a pesquisa ainda esteja em seus estágios iniciais, a IBM imagina diversas aplicações  comerciais para o gel. A companhia espera desenvolver uma substância semelhante a um creme para ser aplicado como revestimento em equipamentos médicos, como cateteres e tubos traqueais, para evitar a instalação de infecções. O gel também poderá ser utilizado em produtos farmacêuticos para tratamento de infecções bacterianas e fúngicas.
 
Mas a eficácia das novas aplicações práticas está longe de ser comprovada embora um trabalho de pesquisa sobre o gel tenha sido recentemente aceito para publicação na "Angewandte Chemie", revista alemã.
 
Fonte: Valor Econômico - 28/01/13

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