A Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul investiga sete casos de intoxicação por uso de remédios provindos do Paraguai. Uma morte também é investigada.
Em Dourados, duas crianças procedentes de Ponta Porã foram internadas na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de um hospital em estado grave com insuficiência respiratória aguda, cianose e sonolência, após aproximadamente uma semana tiveram alta. O medicamento utilizado pelas crianças foi o Mentovick.
Em Ponta Porã, cinco crianças que consumiram medicamento Mentovick a base de dextrometorfano apresentaram quadro de insuficiência respiratória, dispneia e cianose (lábios arroxeados). Os casos são investigados pela Vigilância Epidemiológica, quatro deles foram confirmados e um óbito está sob investigação.
Procedimento
A Vigilância alertou os profissionais para os casos de intoxicação de crianças pelo uso de medicamentos fabricados no Paraguai, que contenham o princípio ativo Dextrometorfano na sua composição.
Os medicamentos a base deste princípio ativo, entre eles Mentovick, Tegnogrip, Medibron, Bronolex e Bronalar, estariam provocando fortes efeitos colaterais em crianças. Os casos se concentram na região de fronteira de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, onde há suspeita de que estes medicamentos teriam provocado quadros estados graves que variam de dispnéia, insuficiência respiratória, sonolência, coma e óbito.
Conforme a nota divulgada pelo Ministério da Saúde do Paraguai, os medicamentos com esse princípio estão proibidos de serem comercializados no país. As crianças que ingeriram o medicamento apresentaram sintomas de intoxicação caracterizada por dificuldade respiratória, sonolência e intensa cianose (coloração azul-arroxeada da pele e lábios).
A Coordenadoria de Vigilância Sanitária Estadual orienta para que os profissionais de saúde, durante o atendimento de urgência/emergência pediátrica, incluam de imediato a pergunta a respeito do consumo de medicamentos do Paraguai para tosse ou gripe contendo Dextrometorfano.
Essa questão deve ser inserida nos protocolos de atendimento de urgência/emergência nos prontos-socorros, UPA e UBS, durante os atendimentos de urgência/emergência e nas fases de pré-consulta e anamnese médica.
Rádio Caçula Online
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