Brasília – O Ministério da Saúde divulgou ontem (15) que 1.020 médicos do
Programa Mais Médicos estão trabalhando. Eles foram contratados na primeira
etapa. Do total, 577 são formados no Brasil e 443 têm diploma estrangeiro e
atuam no país por meio de registro provisório. Conforme o levantamento, 40%
estão trabalhando no Nordeste, com destaque para os estados da Bahia e do Ceará
que, juntos, reúnem 205 profissionais.
De acordo com cálculos do ministério, 3,5 milhões de pessoas estão sendo
beneficiadas com os atendimentos dos profissionais, sendo que 61% vivem no Norte
e Nordeste do país.
Os médicos da primeira etapa do programa estão alocados em 577 municípios e
17 distritos sanitários indígenas. Do total de locais atendidos, 423 são cidades
com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, com mais de 80 mil
habitantes e menor renda per capita, além de áreas indígenas. As demais
áreas atendidas são periferias de 20 capitais e 151 regiões metropolitanas.
Mais 2.597 profissionais, da segunda seleção, devem iniciar as atividades
ainda neste mês. Com a entrada deles em atuação, o governo estima que mais de 9
milhões de brasileiros terão atendimento em atenção básica. O Ministério da
Saúde avalia o impacto da atuação dos profissionais com base no número de
famílias cadastradas para o atendimento nas unidades básicas. Atualmente, cada
equipe de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) atende, em média, 3.450
pessoas.
"Nosso objetivo é até, entre março e abril, ter aqui no Brasil os 12 mil
médicos que são necessários, num primeiro momento que nós chamamos, autorizados,
considerando tudo, todas as demandas de todos os municípios", disse a presidenta
Dilma Rousseff segunda-feira (14) em entrevista a rádios mineiras.
Os brasileiros da segunda seleção do programa tiveram até esta segunda-feira
(14) para se apresentar nos municípios. O ministério ainda não divulgou o número
de profissionais que se apresentaram. Os profissionais formados no exterior
devem concluir o módulo de avaliação do programa até o dia 25 de outubro.
Agência Brasil
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