Um britânico a cada 2.000 é portador da proteína vinculada à versão humana do mal da vaca louca, uma proporção superior à de estimativas anteriores, revelou um estudo publicado nesta terça-feira.
Porém, segundo os autores, não se sabe exatamente quantas pessoas desenvolverão essa doença temida e letal.
Os cientistas pedem, ainda, que as autoridades britânicas lutem contra os riscos de uma contaminação maior através de transfusões de sangue e instrumentos cirúrgicos.
O estudo publicado na internet pelo British Medical Journal (BMJ) é a tentativa mais exaustiva de avaliar o risco para os britânicos da síndrome causada pela variante da doença de Creuzfeldt-Jakob (vDCJ).
Essa síndrome causa distúrbios mentais que destroem o cérebro. Suspeita-se que esteja vinculada à ingestão de carne contaminada com o mal da vaca louca, que teve um surto registrado na Grã-Bretanha no final dos anos 1980 e que se espalhou para outros países através da exportação de gado até a década seguinte.
Desde então, os especialistas tentam calcular o risco que correm as pessoas expostas ao príon PrP durante os anos de contágio.
O problema é que se desconhece o período de incubação da vCJD, embora haja suspeitas de que seja longo e que nem todos aqueles que são portadores do príon desenvolvam a doença.
Os pesquisadores liderados pelo professor de Neuropatologia da University College de Londres, Sebastian Brandner, analisaram 32.441 apêndices extraídos em 41 hospitais britânicos e os submeteram a um teste de PrP.
No total, 16 amostras deram positivo, um número que, proporcionalmente, equivale a um habitante da Grã-Bretanha a cada 2.000.
BOL
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