Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Automedicação na berlinda

Por Luiz Carlos Silveira Monteiro (*)

Embora pareça, na maioria das vezes, uma atitude inofensiva, a automedicação traz sérios riscos à saúde. Ultimamente o problema adquiriu tamanha proporção que entrou no radar das preocupações das autoridades nacionais de saúde.
 
Nos últimos cinco anos, cerca de 60 mil pessoas foram internadas por intoxicação medicamentosa, segundo dados do Ministério da Saúde. Para analisar melhor o envolvimento da população com os remédios, o ministério está realizando a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM). O levantamento deve ouvir mais de 38 mil pessoas em 245 municípios brasileiros.
 
Outra iniciativa das autoridades ocorreu no início do ano. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu a partida para a criação de uma Força de Trabalho para discutir medidas para estimular o uso racional dos medicamento. A proposta é encontrar soluções para reverter a cultura da automedicação, tão enraizada na sociedade brasileira, discutindo o assunto com os segmentos sociais envolvidos na questão.
 
A automedicação pode trazer riscos fatais à saúde dos pacientes. Além de levar o consumidor à morte, o uso irracional de medicamentos pode reduzir a eficácia do remédio, aumentar a resistência do organismo aos agentes causadores da doença e criar dependência, entre outros problemas. Mesmo medicamentos isentos de prescrição devem ser consumidos com orientação médica. Por isso, cuidar de uma febre com ácido acetilsalicílico, por exemplo, pode ser fatal caso o paciente esteja com dengue.
 
Algumas soluções já podem ajudar a aumentar o controle sobre a utilização de medicamentos no país. Um dos exemplos é o sistema implantado pelas empresas de assistência farmacêutica, também conhecidas internacionalmente por PBMs (Pharmacy Benefit Management). O controle começa com a prescrição da receita pelo médico, que é cadastrado no sistema. Em seguida, na farmácia, o beneficiário apresenta seu cartão e a receita. Os dados são incluídos no Sistema Autorizador e imediatamente checados online e real time no banco de dados.
 
Essas empresas já estão aparelhadas para checar, nessa hora, eventuais interações medicamentosas (entre dois ou mais medicamentos). O sistema pode ainda consultar a interação droga-paciente, checando eventuais contraindicações do paciente cadastradas no banco de dados a determinados medicamentos.
 
Na próxima etapa, que é realizada em segundos, retorna à informação à farmácia, com a autorização validada.
 
O sistema garante a liberação do medicamento de acordo com o que foi prescrito na receita. Além disso, um banco de dados com informações de consumo do beneficiário pode ajudar na aplicação de políticas públicas de acordo com indicações médicas da receita. Tudo muito prático e rápido, garantindo ao cidadão direito ao medicamento e preservando a saúde pública com consumo racional de remédio. 
 
(*) CEO da ePharma, uma provedora de PBM para grandes corporações  incluindo , Petrobrás, Unilever, Alcoa , Vivo, Philips, entre outras.
 
Brasil Fashion News

Nenhum comentário:

Postar um comentário