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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Exercícios físicos podem causar danos à saúde de portadores do traço falcêmico

Exercícios físicos podem causar danos à saúde de portadores do traço falcêmico Marcos Porto/Agencia RBS
Foto: Marcos Porto / Agencia RBS
Atividades físicas aparentemente inofensivas, como o cooper,
podem ser perigosas para aqueles com o traço falcêmico
Característica pode estar presente em pessoas que tenham parentesco com portadores da anemia falciforme
 
Uma pesquisa da Escola de Educação Física da UFRGS está avaliando o impacto que a prática de atividade física e a temperatura do ambiente têm na saúde de adolescentes portadores do chamado traço falcêmico. Espécie de "cicatriz" genética, a característica está presente em muitas pessoas com familiares que sofrem com a anemia falciforme, uma doença hereditária acompanhada de sintomas como fortes dores ósseas e musculares, além de alterações dos rins e do baço. Enquanto uma pessoa com este tipo de anemia precisa herdar o gene causador da doença tanto do pai quando da mãe, portadores do traço falcêmico o recebem de apenas um dos pais.
 
— Ao contrário da anemia falciforme, o traço não é uma doença. Geralmente, quem tem o traço não tem sintomas, não tem alterações do sangue, não tem dores nos ossos ou nos músculos. Porém, quando esta pessoa fica muito desidratada ou viaja para lugares muito altos, como a Cordilheira dos Andes, ela pode ter um quadro de dor, semelhante ao da anemia falciforme — explica a nutróloga e médica do esporte Joan Emmanuelle Amato, responsável pela pesquisa.
 
Além disso, alguns estudos feitos nos Estados Unidos com esportistas e militares submetidos a uma rotina exaustiva de exercícios físicos demonstraram que quem tem o traço falcêmico pode estar predisposto a apresentar alterações no sangue em decorrência da prática de atividade física, o que pode levar a um quadro grave de rabdomiólise (lesão grave das células do músculo).
 
— Estas pessoas precisam ter mais atenção à hidratação, necessitam de descanso entre as sessões de treinamento e devem ser acompanhadas por um médico do esporte — completa a especialista.
 
A pesquisa é pioneira no Brasil, além de ser a primeira do tipo a ser realizada com adolescentes no mundo. Os realizadores estão recrutando voluntários do sexo masculino, com idade entre 12 e 18 anos, que tenham diagnóstico do traço falcêmico ou tenham irmãos ou pais com traço ou anemia falciforme. Também serão aceitos colaboradores sem o traço, para efeito de comparação.
 
Zero Hora

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