Não é difícil encontrar alguém estressado hoje em dia. É trânsito, excesso de trabalho, enfim, tudo colabora. Mas, o que pouca gente sabe é que o estresse, além de causar um desgaste físico e mental, pode influenciar na saúde bucal. O mau hálito é um problema que atinge mais de 50 milhões de brasileiros e em 90% dos casos a origem é bucal.
O que acontece é que o estresse e a tensão diminuem a produção natural de saliva. Por sua vez, os compostos de enxofre aumentam e provocando o mau hálito. O Dr. Alênio Calil, diretor do Centro de Excelência no Diagnóstico e Tratamento da Halitose, explica como funciona a saburra lingual, que é um depósito de bactérias da língua. “É uma placa branco-amarelada que fica na língua e que acumula bactérias e células mortas, contribuindo para os gases liberados no mau hálito”.
Com o estresse, as pessoas mastigam menos os alimentos e não seguem uma rotina alimentar correta. Esses são mais dois fatores que contribuem para a halitose. “Pessoas que vivem sob estresse não costumam respeitar o intervalo de tempo entre uma refeição e outra”, explica. Segundo ele, este tempo deveria ser de, no máximo, 4 horas. “Além disso, elas comem mais rápido e mastigam menos, diminuindo a salivação e abrindo condições para a aderência de micro-organismos que geram o mau hálito”, ressalta.
A higienização da boca, que passa pela escovação adequada dos dentes, uso do fio dental e a limpeza da língua, é uma das formas evitar e eliminar o problema. Mas não se esqueça: respeite o intervalo de tempo das refeições, coma devagar e faça atividades físicas, que ajudam a mandar o estresse para longe.
Em todo caso, o dentista é o profissional mais indicado para tratar do mau hálito e orientar o paciente a tomar os medicamentos corretos para tratar o foco do problema. “As pessoas não sabem as causas, consequências e quais os problemas que podem ser gerados do não tratamento”, alerta o Dr. Alênio.
Universo Jatobá
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