Foto: Reprodução Se os filhos disserem que não querem mais comer, é preciso respeitar e entender que aquele é o limite deles |
Você costuma oferecer um doce para quem gosta? Prepara algum prato gostoso quando algum amigo não está bem ou vai te visitar?
O Bem Estar desta segunda-feira (10) falou sobre esse hábito que muita gente tem, de demonstrar afeto através da comida. Segundo a pediatra Ana Escobar, isso está presente desde o início da vida, quando o bebê é amamentado pela mãe e cria essa relação de proximidade e carinho.
O problema é que, depois que as crianças crescem, os pais costumam se preocupar muito com a alimentação e chegam a insistir muito para elas comerem, mesmo quando estão sem fome. De acordo com a médica, isso está errado já que os pequenos têm o estômago menor e não conseguem comer mais do que a capacidade dele.
Por isso, deixá-los empanturrados e cheios pode fazer mal - a dica, portanto, é não insistir. Se os filhos disserem que não querem mais comer, é preciso respeitar e entender que aquele é o limite deles.
Há ainda aquelas pessoas que, por carência e falta de afeto, procuram atenção e carinho na comida, o que pode aumentar as chances de obesidade, como lembrou o endocrinologista Alfredo Halpern.
Essa carência pode também desencadear alguns distúrbios alimentares, como a compulsão ou a falta de apetite, podendo levar à anemia ou anorexia, por exemplo. Nesse caso, pode ser até que o paciente precise de medicamentos para se tratar, segundo o médico.
Por outro lado, há quem use o carinho e o apoio das pessoas próximas para perder peso - no caso do ex-jogador Éder, da série 'Bola pra frente', por exemplo, o incentivo e a preocupação da família foram fundamentais para ele decidir mudar de vida, como mostrou a reportagem da Carol Fazzio, de Sinop, no Mato Grosso.
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, ter a família ao lado faz muita diferença para quem tem a doença da obesidade e precisa emagrecer.
No entanto, o afeto da família não ajuda só nesse caso, mas também na infância - o calor e o aconchego dos pais, por exemplo, é uma das maneiras de ajudar os bebês que nascem prematuros, como mostrou a reportagem da Daiana Garbin.
O método 'canguru' é uma das maneiras de ajudar os prematuros - nele, os pais colocam o recém nascido bem perto para ajudá-los a manter a temperatura corporal. Foi assim que o Pedro e o Érick, filhos da Cláudia e do João Pedro, conseguiram ganhar força e peso.
De acordo com a pediatra Ana Escobar, os bebês já conseguem reagir ao afeto logo quando nascem. Quando eles recebem carinho dos pais, fazem muito mais conexões e sinapses no cérebro, podendo até fazer 700 por segundo, como explicou a médica. Fora isso, o carinho dos pais ajuda também quando as crianças se machucam. Ao cair, por exemplo, as terminações nervosas vibram muito, aumentando a hemorragia e a dor no local da lesão. O toque e o afeto nesse momento diminuem essas vibrações, melhorando a sensação e o incômodo.
Mas não são só os mais novos que recebem bem essa atenção. Os idosos também precisam de carinho e afeto, como mostrou a reportagem da Daiana Garbin. Muitos deles estão doentes e com problemas físicos, mas o que importa mesmo para eles é o respeito de quem cuida, como explicou a cuidadora Adrelina Rangel.
Se o cuidador for alguém da família, é preciso ainda não esquecer também de se cuidar - muitos se sentem esgotados e, nesse caso, devem procurar apoio psicológico ou ainda fazer um curso de cuidador, para aprender a lidar corretamente com os idosos que não têm autonomia para fazer atividades corriqueiras, como tomar banho, por exemplo. Além disso, é fundamental ter paciência e entender as limitações dos idosos.
G1
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