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quarta-feira, 5 de março de 2014

Fatores emocionais estão intimamente ligados ao sobrepeso da população

Por essa razão, tratamentos psicológicos são fundamentais para compor o tratamento
 
Belo Horizonte — Não foi só a comida, tampouco a falta de exercícios físicos que levaram Graça Aparecida Domingos, 45 anos, a chegar a 178kg.
 
Com diabetes e pressão alta, a mulher, que sai de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para ir à capital toda semana em busca de um psicólogo e de uma nutricionista, revela que teve obesidade de grau 3 depois que o marido assassinou a filha do casal, de 1 ano e 3 meses, há 10 anos.
 
“Com esse golpe da vida, não cuidei mais de mim. Tive depressão e descontava tudo na comida. Não tinha controle sobre isso. Só consegui me levantar, quando meu ex-marido foi preso, há pouco tempo”, desabafa.
 
A história da Graça é um exemplo do que a medicina já considera um dos passos no caminho da obesidade: os fatores emocionais. Sem uma única causa definida, o problema é decorrente de questões multifatoriais, ou seja, é fruto de várias vertentes que podem estar agindo isoladamente ou em conjunto. Entre elas, estão a ingestão aumentada de calorias, a diminuição da atividade física, a idade, os fatores genéticos e os emocionais. Mas a questão psicológica já se tornou, para os médicos, um dos gatilhos-chave para o excesso de peso.

“Os outros fatores podem ser controláveis se a cabeça estiver bem. Se não estiver sã, nada resolve. É claro que vai chegar a um ponto que a pessoa vai precisar de uma cirurgia, mas se a mente não estiver saudável, mesmo depois de um procedimento cirúrgico, o paciente volta a ganhar peso”, comenta Frederico Garcia, professor do Departamento de Saúde Mental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro da diretoria da Associação Mineira de Psiquiatria.

Correio Braziliense

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