Segundo dados, 56% dos trabalhadores preferem ter mais chances de crescimento e reconhecimento profissional
Rio - Uma pesquisa recente da Hay Group, consultoria global de gestão
de negócios, mostrou que o engajamento dos profissionais no trabalho
está mais ligado a aspectos pouco palpáveis, como as chances de
crescimento, do que com salários. Dos 500 trabalhadores de nível sênior
consultados pela WorldatWork, instituição norte-americana sem fins
lucrativos voltada a profissionais e organizações que atuam na área de
remuneração e recompensa, 56% acham mais importante pontos como
oportunidades de subir na carreira, enquanto 42% dizem o mesmo das
questões financeiras — remunerações, benefícios e bônus pagos.
“O salário é apenas um dos pilares e, embora
seja um fator desmotivador, outros aspectos também contribuem”, explica
Rodrigo Magalhães, gerente da consultoria Hay Group.
Nesse sentido, o trabalho em si aparece como
campeão de engajamento, seguido por ambiente de trabalho e clima
organizacional, oportunidades de desenvolvimento, qualidade de vida e
outros programas de reconhecimento não financeiro.
Já nas recompensas financeiras, os incentivos
de curto prazo são os mais impactantes, seguidos por benefícios, aumento
de salário- base e a própria remuneração.
O Hay Group promoveu o estudo para investigar a
influência das práticas de remuneração no comprometimento profissional e
as principais tendências e mudanças para os programas de recompensa nos
próximos anos. A pesquisa contou com uma parte global, feita em
parceria com a WorldatWork, e com um outro levantamento no banco de
dados brasileiro que a consultoria mantém.
Apesar dos aspectos intangíveis terem maior peso, os reconhecimentos financeiros também interferem na percepção dos empregados.
“É preciso comunicar melhor as políticas de
remuneração. No Brasil ainda há muito espaço para desenvolver processos
de recompensa conectados à gestão de desempenho e meritocracia”, explica
Magalhães.
Segundo ele, é fundamental o envolvimento dos
gestores nos processos. O estudo mostra que apenas 4% dos líderes
participam da implementação de remuneração.
O Dia
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