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Triclosan, encontrado na Colgate Total, tem sido associado à doença em animais. Fabricante garante segurança
Rio - O creme dental que você coloca na boca algumas vezes ao dia
pode estar ligado ao crescimento de células cancerígenas, segundo
matéria publicada pela "Bloomberg News". Apesar de aprovado há mais de
uma década pela FDA, agência que regulamenta alimentos e medicamentos
nos EUA, o ingrediente triclosan, encontrado na Colgate Total, tem sido
associado ao crescimento do câncer em animais, diz a empresa de
comunicação.
A fabricante refuta os argumentos da reportagem. A fabricante afirma que o produto é seguro, tendo sido aprovado por rigorosos testes. Além disso, segundo a empresa, os resultados obtidos pela pesquisa não são relevantes. A Colgate informou também que a eficácia e a segurança do produto são apoiadas por mais de 80 estudos clínicos envolvendo 19 mil pessoas. Segundo o porta-voz da Colgate, Thomas DiPiazza, a empresa também apresenta relatórios anuais ao FDA, revisando novas descobertas da ciência e de segurança.
A fabricante refuta os argumentos da reportagem. A fabricante afirma que o produto é seguro, tendo sido aprovado por rigorosos testes. Além disso, segundo a empresa, os resultados obtidos pela pesquisa não são relevantes. A Colgate informou também que a eficácia e a segurança do produto são apoiadas por mais de 80 estudos clínicos envolvendo 19 mil pessoas. Segundo o porta-voz da Colgate, Thomas DiPiazza, a empresa também apresenta relatórios anuais ao FDA, revisando novas descobertas da ciência e de segurança.
Segundo a
reportagem, os reguladores de medicamentos estão atualmente revisando os
perigos de triclosan, um produto químico doméstico comumente usado, que
ajuda a reduzir a contaminação de bactérias. De acordo com o FDA, o
triclosan é encontrado em antibacterianos como sabão para as mãos,
utensílios de cozinha e brinquedos para crianças, bem como em um dos
cremes dentais mais vendidos do país - Colgate Total. Mas as descobertas
do processo de aprovação do FDA da Colgate Total em 1997 mostram que a
pasta de dente pode não ser tão segura quanto a empresa diz.
A
FDA não havia divulgado o resumo de 35 páginas de toxicologia da
Colgate Total e triclosan até o início de 2014, após uma ação da Lei de
Liberdade de Informação movida em 2013. Depois de alguma pressão da
Bloomberg News, a FDA também publicou os resultados em seu site.
No
relatório, o FDA foi cauteloso sobre determinadas características da
Colgate, colocando em questão não só os perigos potenciais de triclosan,
mas também que ela pode tratar gengivite - que o FDA aponta que não é
auto-diagnosticável - e acabar com a placa dental.
Uma das maiores
revelações, de acordo com a Bloomberg News, é o fato de que a Colgate
não considerou relevantes os experimentos com triclosan feitos em
animais, e afirmou que seu produto é seguro.
Segundo a FDA, não se
sabe com certeza se o triclosan é perigoso para os seres humanos.
Embora os testes em animais nem sempre levam aos mesmos efeitos em
humanos, essas experiências com animais anteriores levaram a FDA a
abrir-se mais pesquisas sobre triclosan.
Já cientistas dizem que
não é incomum - ou errado - atentar para esses produtos químicos comuns,
especialmente porque estamos expostos a milhares deles todos os dias.
-
Criamos um sistema em que estamos testando esses produtos químicos na
população humana. Amo a ideia de que eles são todos seguros - afirmou à
Bloomberg News o professor da Universidade de Massachusetts, Thomas
Zoeller. Ele complementou, no entanto, que quando temos estudos em
animais que sugerem o contrário, estamos assumindo um risco grande.
Outras empresas
Em
maio, legisladores de Minnesota votaram para proibir o químico e um mês
antes a Avon anunciou planos para eliminar progressivamente triclosan
de seus produtos cosméticos e de cuidados pessoais. Embora a Avon tenha
dito que a evidência científica "apoia o uso segura de triclosan", a
empresa cedeu à pressão dos consumidores para soltar a substância
química de seus produtos de consumo.
Em agosto de 2012, a Johnson
& Johnson anunciou planos para remover uma série de substâncias
química potencialmente prejudiciais, incluindo triclosan, a partir de
sua linha de produtos de consumo de adultos até o final de 2015. A
empresa já se comprometeu em novembro do ano passado a remover produtor
químicos específicos de seus produtos para bebês, tais como o shampoo
Johnson.
O Globo
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