Foto: Science Photo Library/BBC - Esse modelo molecular mostra partes dos
vírus do Ebola que os cientistas estudam
na tentativa de produzir
medicamentos
que reduzem a propagação da doença
|
A OMS, que realiza encontro de dois dias de um comitê emergencial
de especialistas para decidir a resposta internacional ao surto que já
matou quase mil pessoas na África Ocidental, disse que deverá promover
um encontro de especialistas em ética médica na próxima semana.
"Estamos numa situação incomum neste surto. Temos uma doença com
uma alta taxa de mortalidade sem nenhum tratamento ou vacina
comprovados", disse a diretora-geral-assistente da OMS, Marie-Paule
Kieny, em comunicado.
"Precisamos pedir aos especialistas em ética orientação sobre qual é a coisa responsável a se fazer agora."
O comunicado da OMS diz que o padrão "ouro" para avaliação de
novos medicamentos envolve uma série de testes em humanos, começando em
pequena escala para garantir que o medicamento é seguro, e que o
princípio orientador é o de "não fazer mal".
Não há vacina ou remédio registrado contra o vírus, mas há várias opções experimentais em desenvolvimento.
O tratamento dado a dois trabalhadores norte-americanos da área
médica consiste em proteínas chamadas anticorpos monoclonais, que se
amarram ao vírus do Ebola e o desativam. Esse tratamento só havia sido
testado em animais de laboratório.
A OMS tem sido criticada por uma resposta lenta ao surto de Ebola, o maior em quase quatro décadas de história da doença.
Na terça-feira, três dos maiores especialistas do mundo em Ebola
pediram que remédios e vacinas experimentais sejam dados a pacientes com
a doença e disseram ser necessária uma resposta internacional mais
forte.
O número de mortos no surto de Ebola na África Ocidental chegou a
932 até 4 de agosto, em um total de 1.711 casos registrados, de acordo
com balanço da OMS desta quarta-feira.
Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário