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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Tecnologia de realidade virtual ajuda a 'anestesiar' pacientes que passarão por cirurgias

 Universidade de Washington: O Snow World passa imagens e sons de ambientes gelados para
acalmar pacientes vítimas de queimaduras 
Imagens de um céu estrelado ao som de Beethoven podem regular a pressão arterial e batimentos cardíacos 

Rio - Um novo recurso para distrair os pacientes da dor está ganhando espaço nas meses de cirurgia mundo afora: a realidade virtual.

No Hospital Perpétuo Socorro, na Espanha, quem passa por uma intervenção cirúrgica pode assistir imagens de um céu estrelado ao som da "Sonata ao Luar", de Beethoven, ou da clássica "Clair de Lune", de Debussy. Tudo por meio de duas pequenas telas posicionadas a poucos centímetros dos olhos do paciente, auxiliadas por fones de ouvido. A “sessão” começa ainda antes da cirurgia, e pode se estender durante os trabalhos médicos.

A terapia de realidade virtual também pode ser utilizada no tratamento de queimaduras graves. Para isso, a Universidade de Washington criou o SnowWorld, um ambiente virtual de gelo que ajuda as vítimas a lidarem com sua dor.

Os médicos ressaltam que o auxílio da realidade virtual tem papel fundamental de acalmar os pacientes e controlar a ansiedade, diminuindo tanto os batimentos cardíacos quanto a pressão arterial. Além disso, a tecnologia ainda é menos arriscada e mais barata para o paciente do que anestésicos tradicionais.

Surgida ainda na década de 1960, a realidade virtual ficou popular no início dos anos 1990, quando os primeiros fones de ouvido apareceram no mercado de varejo. Naquele tempo, porém, as telas tinham baixa resolução, e os sensores de rastreamento de movimento sofriam com a lentidão, podendo causar enjoo ao espectador.

Com o passar dos anos, a tecnologia foi se aprimorando e ganhou nichos de mercado, como o da área médica. Atualmente, a empresa espanhola Droiders fabrica tanto os equipamentos para os pacientes quanto para os médicos, que podem filmar cirurgias em tempo real, gravar, e mandar o material para estudo posterior. Com a ajuda do Google Glass, “sessões de operações ao vivo” são cada vez mais comuns entre especialistas e estudantes de Medicina, por exemplo.

O Globo

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