Universidade de Washington: O Snow World passa imagens e sons de ambientes gelados para
acalmar pacientes vítimas de queimaduras
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Rio - Um novo recurso para distrair os pacientes da dor está ganhando
espaço nas meses de cirurgia mundo afora: a realidade virtual.
No Hospital Perpétuo Socorro, na Espanha, quem passa por uma
intervenção cirúrgica pode assistir imagens de um céu estrelado ao som
da "Sonata ao Luar", de Beethoven, ou da clássica "Clair de Lune", de
Debussy. Tudo por meio de duas pequenas telas posicionadas a poucos
centímetros dos olhos do paciente, auxiliadas por fones de ouvido. A
“sessão” começa ainda antes da cirurgia, e pode se estender durante os
trabalhos médicos.
A terapia de realidade virtual também pode ser
utilizada no tratamento de queimaduras graves. Para isso, a Universidade
de Washington criou o SnowWorld, um ambiente virtual de gelo que ajuda
as vítimas a lidarem com sua dor.
Os médicos ressaltam que o
auxílio da realidade virtual tem papel fundamental de acalmar os
pacientes e controlar a ansiedade, diminuindo tanto os batimentos
cardíacos quanto a pressão arterial. Além disso, a tecnologia ainda é
menos arriscada e mais barata para o paciente do que anestésicos
tradicionais.
Surgida ainda na década de 1960, a realidade virtual
ficou popular no início dos anos 1990, quando os primeiros fones de
ouvido apareceram no mercado de varejo. Naquele tempo, porém, as telas
tinham baixa resolução, e os sensores de rastreamento de movimento
sofriam com a lentidão, podendo causar enjoo ao espectador.
Com o
passar dos anos, a tecnologia foi se aprimorando e ganhou nichos de
mercado, como o da área médica. Atualmente, a empresa espanhola Droiders
fabrica tanto os equipamentos para os pacientes quanto para os médicos,
que podem filmar cirurgias em tempo real, gravar, e mandar o material
para estudo posterior. Com a ajuda do Google Glass, “sessões de
operações ao vivo” são cada vez mais comuns entre especialistas e
estudantes de Medicina, por exemplo.
O Globo
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