O zumbido de uma mensagem de texto recebida provoca a liberação de dopamina no cérebro, o que gera excitação |
Pesquisa nos EUA mostra que mesmo cientes da má prática, 75% dos motoristas a mantêm
Nova York - Celebridades estão emprestando seus nomes para campanhas de conscientização pública nos EUA e mais de 40 estados já proibiram a prática de enviar mensagens pelo celular do volante do carro. De mil motoristas pesquisados, 98% que fazem isso sabem que é perigoso. Ainda assim, quase 75% dizem fazer isso de qualquer maneira.
"Há uma enorme discrepância entre atitude e comportamento", disse à revista “Time” David Greenfield, professor da Universidade de Connecticut Medical School, que liderou o estudo.
A atração pelas mensagens de texto é muito parecida com o apelo de máquinas caça-níqueis, Greenfield explica: ambos podem ser compulsões difíceis de superar para algumas pessoas. O zumbido de uma mensagem de texto recebida provoca a liberação de dopamina no cérebro, o que gera excitação. Se a mensagem passa a ser de alguém atraente, ainda mais dopamina é libertada.
Limitar essa compulsão pode levar anos, e poderia se assemelhar a esforços para parar de dirigir bêbado. As pessoas precisam perceber que eles são parte do problema, antes de mudar o seu comportamento, acrescenta Greenfield.
Várias campanhas de conscientização pública tomaram o rádio e a internet, mas não está claro como eles são eficazes, uma vez que o público parece ser em grande parte ciente do problema. Pode haver soluções mais viáveis em um futuro muito próximo, no entanto. AT & T, que patrocinou o estudo de Greenfield como parte de sua “Campanha Isso Pode Esperar”, tem um aplicativo que liga quando uma pessoa está dirigindo mais de 24 km/h e silencia alertas de mensagens de texto recebidas.
O Globo
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