A epidemia global de HIV parece estar em um momento de inflexão, com um número de infectados estabilizado em 33 milhões.
A quantidade de mortes provocada pela síndrome no mundo também vem caindo nos últimos anos ""de 2,3 milhões, em 2004, para 1,8 milhão, em 2009.
O Brasil, embora tenha contido a epidemia e seja muito elogiado por isso, não conseguiu reduzir a mortalidade. São mais de 11 mil mortos por ano ""mais de uma pessoa morta por hora.
Com exceção do Estado de São Paulo, as mortes nas outras regiões estão em ritmo crescente, segundo último boletim do Ministério da Saúde, com dados até 2009.
Na avaliação do pesquisador da USP Alexandre Grangeiro, grande parte dessas mortes não são decorrentes do HIV, mas da falta de acesso oportuno aos serviços.
Segundo ele, as regiões brasileiras que apresentam taxas de crescimento da epidemia e de mortes são, também, as que possuem as maiores proporções de diagnóstico tardio e as que têm os piores indicadores de saúde.
Outro desafio no país é fazer com que os modelos de prevenção e intervenção atinjam grupos específicos (como usuários de drogas).
Estudos mostram que pessoas com maior exposição ao risco para Aids, por medo ou por não saber como lidar com um eventual teste positivo, não buscam espontaneamente os serviços de saúde para fazer a triagem.
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