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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Família autorizou retirada, mas órgãos não foram buscados

Parentes de dona de casa que morreu de aneurisma esperaram por horas; governo diz que não houve desperdício
A família do montador Nelson Ribeiro Duarte, que mora em Assis, no interior de São Paulo, não pretende doar órgãos novamente. Eles não tiveram uma boa experiência quando decidiram doar os órgãos da dona de casa Maria Inêz, que morreu aos 55 anos, vítima de um aneurisma.

Após ser constatada a morte cerebral, Nelson e os filhos foram abordados pela central de transplantes e indagados sobre a possibilidade de doação dos órgãos. Como essa era uma vontade de Maria Inêz, não pensaram duas vezes. Assinaram a papelada com a promessa de que viriam buscar os órgãos - incluindo os pulmões e o coração - às 9 horas do dia seguinte.

O problema é que a equipe não chegou. A paciente estava recebendo soro e sangue para manter a irrigação dos órgãos e a família aguardava ansiosa a liberação do corpo para realizar o velório.

"Os médicos disseram que todos os órgãos estavam todos bons. O pessoal da UTI estava inconformado com a demora. Por volta das 14h30, decidimos cancelar a doação", diz Nelson.

Ao avisar sobre o cancelamento, a família soube que uma equipe de Marília faria a retirada dos rins e das córneas, mas que o coração e os pulmões seriam perdidos porque o governo não teria autorizado a liberação de verba para um avião ir buscá-los.

"Ficamos arrasados. Fazem tanta campanha para doação, tem tanta gente precisando e justo os órgãos mais nobres foram descartados", disse Nelson, que não pretende doar novamente.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que não houve "desperdício" de órgãos por falta de transporte, já que existem convênios para transporte terrestre e aéreo e parcerias com a Polícia Militar e a Força Aérea Brasileira.

Segundo a secretaria, os órgãos de Maria Inêz não foram aproveitados porque não tinham condições de serem transplantados por causa do excesso de uso de medicações.

Fonte Estadão

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