Preço dos genéricos em Portugal sofreu "reduções significativas"
Os medicamentos genéricos em Portugal são mais baratos do que em Espanha, França, Itália e Grécia, tendo os preços sofrido "reduções significativas" este ano face a 2009, revela um estudo divulgado esta quarta-feira.
O estudo da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (APOGEN) compara os preços dos fármacos sem marca mais vendidos no mercado português com os praticados nos quatros países de referência: Espanha, França, Itália e Grécia.
Segundo o documento, estes quatro países apresentam uma média de preços unitários mais elevada comparativamente com Portugal, sendo a Grécia o local onde se verificou a maior diferença no preço unitário médio face a Portugal, cerca de 0,43 euros mais caro.
Já Espanha foi o país que apresentou a menor diferença no preço unitário face a Portugal, sendo os medicamentos genéricos cerca de 0,03 euros mais caros, adianta a análise comparativa. O estudo refere igualmente que em Portugal é possível comprar, em média, medicamentos genéricos 12 por cento mais baratos do que em Espanha. Em Itália, estes fármacos custam 30 por cento mais e em França o preço médio é 63 por cento mais elevado, enquanto na Grécia, os genéricos são em média 157 por cento mais elevados.
A análise comparativa encomendada pela APOGEN mostra igualmente que o preço das substâncias activas mais vendidas em Portugal sofreram "um acentuado decréscimo" este ano face a 2009, quando foi feito o último estudo.
O documento realça que "o grande destaque" vai para a Sinvastatina, cujo preço por unidade passou de 0,46 euros em 2009 para 0,10 euros em Abril deste ano, o Omeprazol e o Alprazolam, que registaram decréscimos de 63,4 por cento e de 37,5 por cento, respectivamente.
De acordo com a APOGEN, estas substâncias são utilizadas no tratamento de problemas comuns a uma grande parte da população, como o colesterol (Sinvastatina) ou problemas gástricos (Omeprazol), enquanto o Alprazolam é um psicotrópico utilizado em pacientes em estado de grande ansiedade, depressão ou perturbações relacionadas com o pânico.
A análise teve por base os fármacos com maior representatividade e o número de embalagens vendidas durante o mês de Abril deste ano.
Fonte Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário