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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Portugal: Investigadores aprofundam conhecimento sobre fungos do género Candida

Um grupo de investigadores das universidades de Aveiro e do Porto está a desenvolver um estudo sobre a biologia dos fungos do género Candida, responsáveis por infeções humanas conhecidas por candidíase, que pode contribuir para desenvolver novos antifúngicos.
 
“A biologia destes fungos patogénicos é muito mal conhecida. O grande interesse deste trabalho é avançar um pouco na compreensão da biologia destes fungos, de modo a que se consiga perceber mais rapidamente como é que eles causam infeções e tentar criar melhores terapias para os combater”, disse à Lusa Manuel Santos, investigador responsável por este estudo no Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA).

Este estudo está a ser desenvolvido há cerca de 20 anos em conjunto com o Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto.

Recentemente, os investigadores descobriram que os genes destes fungos evoluíram de tal modo que as suas proteínas não são destruídas pela alteração das regras do código genético.

Os resultados deste trabalho foram publicados no último número da revista científica Americana PNAS e ajudam a clarificar uma das questões que tem intrigado muito a comunidade científica.

"Não percebíamos como é que estes seres vivos alteraram o seu código genético e conseguiram sobreviver, já que, até há pouco tempo, pensava-se que essas regras não podiam mudar e qualquer alteração seria altamente catastrófica ou mesmo letal", explicou Manuel Santos.

Esta descoberta vem afirmar que, de facto, é possível alterar o código genético "desde que os genes tolerem esta alteração das regras", diz o biólogo.

Neste momento, os investigadores estão a tentar reconstruir todos os processos evolutivos que permitiram a estes fungos alterar o seu código genético.

"Uma das coisas que estamos a fazer é reverter esta alteração, ou seja, criar fungos com o código genético padrão", adiantou.

Os fungos do género Candida são dos mais problemáticos em termos médicos porque são os que causam mais infeções, para além das bactérias, e afetam principalmente pacientes imunodeprimidos, como é o caso de doentes com HIV, pacientes oncológicos e idosos.

Fonte Destak

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