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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Arquitetura é ativo de valor nos hospitais, dizem especialistas

Ciência e tecnologia médica, de informação e a da movimentação orientam processos e soluções de acordo com a operação e perfil do paciente

A visão empresarial voltada à excelência e às acreditações aumentam a lista de hospitais brasileiros atentos aos fluxos e especialidades influenciadoras do funcionamento das empresas como a reserva de caminhos distintos para o transporte de macas e ambientes flexíveis às novas tecnologias médicas como tomógrafo e ressonância magnética. E isso reflete em mudanças na arquitetura hospitalar, inclusive comportamentais. “A ambientação faz parte do processo de cura e bem-estar dos usuários” afirma a arquiteta Bela Gebara que, ao lado das sócias Patrícia Sinisgalli e Gisele Conde, assinou projetos da UTI pediátrica dos hospitais Sírio Libanês e Nossa Senhora de Lourdes e ganhou prêmio pelo esforço que implicou em viagens aos Estados Unidos em busca de referências.

Este ano, o Hospital Vitória, do grupo Amilpar, em São Paulo, venceu o VIII Prêmio de Arquitetura Corporativa, na categoria Obras Realizadas no segmento Saúde. Inaugurado em dezembro de 2010, o prédio custou R$ 120 milhões, tem jardins e fontes internas, uma clarabóia no átrium central, além de uma fachada envidraçada que utiliza a luminosidade natural e reduz o consumo de energia em 20%.

Diretor médico do Vitória, Dr. Luiz Cervone afirma que a evolução no atendimento em medicina e tecnologia trouxe a necessidade de investir. “O projeto é adequado ao atendimento e o break even será alcançado em sete meses”.

Planos
Os conceitos arquitetônicos sustentáveis são requisitos das acreditações e norteiam planos diretores dos hospitais ao incorporar nos espaços funcionalidades condizentes aos processos e recursos de tecnologia médica, de informação e a da movimentação da instituição.

A visão reúne num mesmo grupo o gaúcho Ijuí, os mineiros Uberlândia, Metropolitano, Divinópolis, Contagem, os paulistanos Albert Eistein, Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa, Samaritano, São Camilo, Mater Dei, Vitória, Unimeds, entre outros.

“O movimento expande o horizonte dos gestores hospitalares além das atividades fim para que se não deixe de lado as atividades meio, já que o conceito de organização dos espaços evita o desperdício de tempo, esforço físico e riscos ao paciente, a despeito do custo da obra”, defende o arquiteto Domingos Fiorentini.

Fluxos dentro do prédio que demandam a arquitetura voltada à segurança e bem estar de pacientes e acompanhantes, e com escolhas certas dos materiais contempla a sustentabilidade financeira da instituição, outro ponto das acreditações.

E a compreensão do espaço físico passa pelo entendimento das dinâmicas e processos por quem nele opera, esclarece João Carlos Bross, arquiteto responsável por grandes obras nessa linha.

Flexível
Para melhorar o atendimento, o hospital Samaritano, reacreditado pela Joint Commission International (JCI) esse ano, inaugurou em abril um novo edifício que centraliza numa torre o fluxo de acompanhantes e na outra a parte social. O investimento de R$ 180 milhões será recuperado entre 8 a 10 anos, “mas o foco é atender a demanda, aumentar as vagas de carros, a capacidade de estocagem de água, leitos e centro de diagnóstico”, como afirma o superintendente geral Sergio Bento.

A distribuição interna projetada pela Botti Rubin Arquitetos é através de Dry Wall que permite a mudança de layout diante da troca de tecnologia. As duas salas do centro cirúrgico têm placas metálicas Variop, de intervenção limpa. “Trabalhamos com a Vigilância Sanitária e o serviço de infecção do hospital para esse sistema alemão ao País”, conta a coordenadora de arquitetura do Samaritano, Alina Barros.

O prédio diminuiu a manutenção com uso de papel vinílico nas paredes, em meia altura, e a iluminação indireta não afeta mais os olhos dos pacientes que circulam em macas.

Transformações
Como o cliente, tecnologia e conhecimento mudam, de acordo com o arquiteto Bross, as alterações e espaços flexíveis precisam ser admitidas e previstas já na edificação.

Nesse contexto, as tendências da ciência e da tecnologia médica transformam procedimentos diagnósticos em terapêuticos e mudam demandas no prédio, que são reorganizadas pela arquitetura, evitando espaços sub ou sobreutilizados, congestionamentos em filas e salas de espera.

Normas
O apelo sustentável na arquitetura hospitalar já é exigido pelo Ministério da Saúde e Anvisa que estipularam normas sobre o espaço físico, como a RDC 50, a mais emblemática, embora defasada em alguns aspectos, de acordo com o arquiteto Fiorentini.

Acreditações
Ter uma farmácia central e pequenas satélites em áreas críticas do hospital, como centro cirúrgico, unidades intensivas e emergência, ou áreas de expurgo, de materiais de limpeza e rotas de fuga são exigências arquitetônicas das acreditações da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e da Joint Commission International (JCI).

No hospital Vitória, da Amilpar, além dos quatro elevadores para pacientes e acompanhantes, há dois para colaboradores, um exclusivo dos nutricionistas e um pressurizado para emergências.

A sustentabilidade também é considerada nas certificações, para hospitais econômicos que não impactam o meio ambiente, com redução de uso de água potável e produção de esgoto, e uso de energia elétrica com geradores próprios.

Fonte SaudeWeb

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