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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Portugal: ICBAS desenvolveu estudo que pode travar progressão da Anemia de Fanconi

Uma equipa de investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) do Porto anunciou hoje ter desenvolvido um estudo que abre caminho para travar a progressão da Anemia de Fanconi.

A Anemia de Fanconi é uma doença genética rara, de evolução progressiva e que origina uma maior predisposição para o aparecimento de cancro, principalmente a leucemia.

Manifesta-se maioritariamente em idade pediátrica. No entanto, muitas vezes, não é identificada logo à nascença, sobretudo se a criança não nasce com anomalias visíveis, principalmente do rosto, da pele e dos polegares.

Os investigadores do ICBAS demonstraram que o efeito de determinados antioxidantes pode reverter a frequência da instabilidade cromossómica associada às células dos doentes com Anemia de Fanconi.

É mais um passo na pesquisa de mecanismos que consigam atrasar a progressão e evolução para o cancro, numa doença que afeta maioritariamente crianças e cuja única forma de cura é, até ao momento, o transplante de medula óssea.

A equipa liderada por Beatriz Porto, coordenadora do Laboratório de Citogenética do ICBAS, conseguiu agora demonstrar que “o efeito de determinados antioxidantes pode reverter, ‘in vitro’, a frequência da instabilidade cromossómica nas células dos doentes com Anemia de Fanconi para níveis que, em alguns casos, estão muito próximos do normal”.

"Estes estudos poderão permitir, num futuro próximo, o desenvolvimento de agentes profiláticos de aplicação nos doentes, que poderão levar consequentemente a um atraso no desenvolvimento tumoral", explicou Beatriz Porto.

Além disso, poderão também contribuir para o estudo de outras doenças associadas à instabilidade cromossómica.

O cancro no sangue é uma das causas da morte precoce dos doentes com Anemia de Fanconi, que pode surgir antes de atingirem os 40 anos. Em Portugal, apesar de não haver ainda um registo nacional, estima-se que a esperança de vida média destes pacientes, a partir do momento em que é diagnosticada a doença, esteja entre os 10 e os 14 anos.

A rápida evolução da doença para o desenvolvimento de leucemia pode estar associada à acumulação progressiva de instabilidade cromossómica por ação de agentes oxidantes.

Assim, o desenvolvimento dos estudos em curso têm como finalidade conseguir obter uma prevenção contra o efeito cancerígeno dos oxidantes, a que os doentes estão permanentemente sujeitos.

Fonte destak

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