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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Internação de mulheres obesas cresce 18,2% no País

Entre janeiro e julho, foram 3.867 hospitalizações, sete vezes mais do que a taxa em homens

A obesidade leva sete vezes mais mulheres ao hospital do que homens. Entre janeiro e julho deste ano, 3.867 pacientes do sexo feminino foram internadas no País por causa de problemas acarretados pelos quilos em excesso contra 545 registros entre eles.

O levantamento, feito pelo iG no banco de dados virtual do Ministério da Saúde (Datasus), mostra que a doença está em ascensão. Em comparação com o mesmo período de 2010, há um aumento de 18,2% das hospitalizações de obesas (3.269), mais suscetíveis a problemas cardíacos, acidente vascular cerebral, diabetes e também transtornos psíquicos.

Para a presidente da Associação Brasileira de Estudo da Obesidade (Abeso), Cláudia Cozer, algumas características femininas fazem o peso em desacordo com a altura ser mais grave nelas. “Muitas mulheres são mais sedentárias do que os homens. Elas permanecem mais tempo em casa o que facilita o acesso a comida”, pontua a médica.

“O metabolismo feminino também difere do masculino e faz o gasto calórico diário delas ser menor. Outra característica é que as oscilações hormonais, típicas do período pré-menstrual favorecem a ocorrência de quadros compulsivos”, complementa a presidente da Abeso.

Para Vera Kogler, pesquisadora do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, a mulher também é mais cobrada por estar acima do peso e sofre mais pressão – o que pode culminar em um ciclo difícil de romper, formado por tristeza, compulsão e comida.

“Mas também por ser mais cobrada, a mulher procura ajuda médica para obesidade em uma fase mais precoce do que o homem, talvez uma outra hipótese para elas serem mais numerosas nas estatísticas”, avalia Vera.

“Os homens quando chegam até nós estão ainda mais gordos e com mais danos na saúde bucal e cardíaca.”

Este conjunto de fatores também faz com que as mulheres sejam mais numerosas entre os pacientes que são submetidos às cirurgias de redução do estômago, conforme apontou a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, e também mais suscetíveis a outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. Na escala inversa, já calculou o Ambulatório especializado da Universidade de São Paulo, a proporção é de 10 mulheres anorexas ou bulímicas para cada homem.

Estratégia
Para sair das estatísticas da obesidade, os especialistas recomendam alimentação adequada, exercícios físicos e também acompanhamento psicológico em casos mais extremos.

Fonte IG

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