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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Combinação de novas substâncias pode substituir quimioterapia contra câncer de mama

Estudos apontam melhoras na resposta ao tratamento, dando sobrevida à paciente e estabilizando a doença

A associação de alguns tipos de anticorpos como medicamento está sendo estudada em centros de pesquisa de todo o mundo como nova droga de combate ao câncer de mama. As novas opções de tratamento estudadas foram apresentadas recentemente durante o 6º Congresso Câncer de Mama pelo diretor científico do Instituto Catalão de Oncologia, Ramon Colomer.

Foram enfatizadas pelo pesquisador os avanços que o tratamento deste tipo de câncer teve nos últimos 10 anos, que o fazem não ser mais considerado um vilão para as mulheres. Mas para avançar no tratamento, principalmente da doença tipo HER2 positivo, que contempla 20% dos tipos de câncer de mama, dezenas de pesquisas com novos medicamentos vêm sendo desenvolvidas com testes em centros de diversos países, incluindo o Brasil.

Os estudos ainda estão em andamento, mas apontam melhoras na resposta ao tratamento, dando sobrevida à paciente e estabilizando a doença quando uma combinação de anticorpos é ministrada juntamente com a quimioterapia. Entre os anticorpos de maior poder, Colomer destaca a associação do pertuzumab e do trastuzumab com o docetaxel, medicamento da quimioterapia.

Testados em pacientes em estágios diferentes da doença, em diferentes quantidades e associações, as novas drogas estão tendo seu poder de ação potencializado quando ministradas combinadas.

— A tendência para o tratamento no futuro é a associação dessas drogas, que têm mais ação do que quando ministradas separadamente — enfatiza o pesquisador.

Segundo o oncologista brasileiro Sérgio Simon, os novos medicamentos chegarão aos consultórios médicos dentro de três anos e poderão, no futuro, a partir de mais pesquisas, substituir a quimioterapia.

— Pesquisas em laboratório, com ratos, já mostram que é possível, mas ainda é preciso avançar para aplicar aos humanos — adianta.

Curiosidades sobre a doença
> Mapa desigual

:: No Brasil, 44% dos aparelhos de mamografia estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

:: Sessenta casos em cada 100 mil mulheres têm câncer de mama diagnosticado no Brasil.

:: O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com o maior registro de casos: são 127 para cada 100 mil mulheres ao ano. O número é padrão de um país desenvolvido.

> Bons hábitos ajudam na prevenção

Além de fazer mamografia anualmente depois dos 50 anos, como é recomendado pelo Ministério da Saúde, as mulheres podem adotar hábitos simples para evitar o surgimento da doença:

:: Controle seu peso: mulheres obesas têm mais incidência da doença e mais dificuldade para tratá-la.

:: Evitar o consumo de álcool em excesso, que é um dos fatores de risco mais graves, assim como banir o hábito de fumar.

:: Ter filhos e amamentar o máximo possível.

Fonte Zero Hora

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